"Nonato, porque hoje é sábado, dei para prestar mais atenção às flores de nossa cidade. Na Fortaleza tão suja e abandonada, as flores representam o protesto mais poético. Confesso que vi flores numa ponta de rua abandonada e outras, teimando em um monturo enorme...
Porém, chamou-me atenção, com mais ênfase, os jasmins. Sabe, está no tempo de floração dos jasmins. Talvez eles pensem que aqui, desse lado do Equador, seja tempos da Primavera.
Os jasmins são árvores frágeis. Flores brancas, outras bem amarelas e até cinzas.
Talvez eu tenha prestado atenção, com mais afinco, a estas árvores, porque no quintal da casa de minha avó, lá em Crateús, havia o cheiro forte das flores. Era um velho pé de jasmim.
Minha avó tinha uma grande alegria quando pequeno, eu pegava uma flor e dava para ela, com um beijo: para você, Vozinha!
Hoje, para quem eu iria colher uma flor de jasmim?... Me pergunto e vem, de imediato, como resposta, o rosto de minha amada...
Porque hoje é sábado...
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terça-feira, 11 de agosto de 2009
Resgato crônica belíssima do doutor Mourão
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