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domingo, 5 de julho de 2020

MARKETING. Slogan da Itaipava é bom exemplo de criação


sábado, 4 de julho de 2020

LIVROS. Jornalista Ana Karla se desfaz de bons títulos

Chamou atenção hoje, a postagem da jornalista e mestra em Comunicação Ana Karla Dubiela. Nas redes sociais ela anunciou para seus seguidores estar se desfazendo dos seus livros. São muitos títulos. 
Por causa de mudança de residência, Ana Karla logo viu o interesse demonstrado pelos internautas, principalmente pela excelência da lista e autores, como o que ilustra esta postagem. 
VEJA A LISTA COMPLETA

CINEMA. Para cada profissão você vai encontrar um filme

A revista espanhola Zeleb resolveu listar 33 títulos de filmes, cujos personagens principais estão ligados a atividades profissionais. Você já assistiu algum que girasse em torno de sua profissão? Consulte as dicas AQUI. 

Costureira
Jardineiro
Motorista de táxi 
Professora 

Guarda Costas
Chef de cuisine


BLOG. Os nossos 10 posts mais acessados esta semana


JORNAIS. Nexo, o jornal paulista que prima pelo 'porquê'

Gosto de ler Nexo, um jornal digital, paulista, lançado em novembro de 2015, que prima pelo texto direto, padrão, claro e formal. Seu objetivo "é produzir conteúdos que contribuam para um debate público qualificado e plural, segundo os princípios editoriais de clareza, equilíbrio e transparência" - (o negrito é nosso). E a gente pode sentir isso, a partir dos títulos das manchetes.


Semana passada, todos os jornais falaram da Parada do Orgulho Gay digital. Só o Nexo se preocupou em explicar ao leitor menos avisado "o porquê" do orgulho. 



REDES SOCIAIS. Profissionais elegem suas capas do Facebook

Profissionais de mídia e suas capas do Facebook. Alguns elegem imagens ao lado de figuras famosas, como Will Nogueira. Outros destacam seus bichinhos de estimação, como a Daniella de Lavor. Há quem atue no futebol mas que prefira divulgar sua paixão pelo forró, como é o caso do Jussie Cunha, enquanto outros revelam o envolvimento com a sua área profissional, como Everton Lucas. Eu printei a minha página onde trimestralmente altero a foto da capa como uma forma de atualizá-la. 







sexta-feira, 3 de julho de 2020

NOMES. Leonardo Villar morre em São Paulo aos 96 anos

Eu era apenas um menino, mas que tinha um enorme prazer em assistir cinema e colecionar tudo o que dizia respeito à sétima arte. Álbuns de figurinhas, revistas - Cinelândia e Filmelândia - e chegava a comprar imagens de filmes famosos que eram exibidos e, na colagem de um rolo para o outro, cortava-se um fotograma e um exibidor nos dava na cidade de Iguatu. Sabia de cor, o elenco principal de todos os filmes que me perguntassem. E gostava de bons atores. No cinema brasileiro, Leonardo Villar, o Zé do Burro, de "O Pagador de Promessas" me encantava. Ele morreu hoje as 96 anos, em São Paulo, vítima de uma parada cardíaca.




Na juventude, vim descobri-lo na TV vindo substituir o ator Sérgio Cardoso, que morre em meio a uma novela (cujo título me foge agora). Ator de cinema, teatro e TV, Leonardo deixa uma trilha de luz em todos os trabalhos que fez. Deixa saudades, mas isso pode ser amenizado com o legado material que se pode, hoje em dia, acessar e reviver os seus grandes momentos. 

TV. Um mesmo cenário 'home office' para dois jornalistas

Trabalhar em 'home office' se tornou rotina. Cada profissional mostra o cenário de sua casa e, algumas vezes, mais de um jornalista parece utilizar a mesma residência do outro para transmitir suas informações. Caso dos repórteres Andréia Sadi e André Rizek. 



quinta-feira, 2 de julho de 2020

INTERNET. O site das imagens de gente ue não existe

Na Internet tem de tudo. Até uma máquina de criar rostos falsos. Falo do site ThisPersonDoesNotExist.com. Ele é um banco de dados com fotos reais, a página mostra um rosto diferente a cada vez que é atualizada, e apesar do resultado parecer bem real, as pessoas mostradas não existem. Criado pelo programador Philip Wang, ele usa u programa da Nvidia para gerar rostos artificiais a partir da combinação de fotos reais.
FONTE

JORNALISMO. Uma boa ideia que se perde após 13 anos

Que fim levou a ONG Agência da Boa Notícia? Começou em setembro de 2007, com o objetivo de disseminar informações ligadas a cultura de paz e, desde 2019, deixou de ser atualizada na internet. 

Foi dela que surgiu o Prêmio Gandhi de Comunicação, idealizado ao incentivo de jornalistas e comunicadores a produzir boas notícias. A boa semente lançada pelo professor Souto Paulino parece que se perdeu 13 anos depois de ser implementada. 


terça-feira, 30 de junho de 2020

CINEMA. Até o cinema se 'homeoficializou' nessa pandemia

Durante a pandemia, até o cinema se homeoficializou. Nesta quinta, dia 2 de julho, será exibido na programação 'on line' do Cine São Luiz, o filme "Palmas", da cineasta e psicóloga Edlisa Barbosa,



O documentário conta a história do Conjunto Palmeiras, de Fortaleza, e a luta de seus moradores que chegaram a criar a sua própria moeda e o primeiro banco popular comunitário, o Palmas que dá título ao filme.

Serviço
Exibição do filme “Palmas” de Edlisa Barbosa
02/07 às 20h
Direção: Edlisa B. Peixoto | Documentário | Brasil | 2014 | 56 min 

RÁDIO. Toda torcida pela recuperação do bom Renilson


TV. Globo demite Renato Aragão depois de 44 anos de casa

E o humorista Renato Aragão, 85, foi dispensado pela Globo, depois de 44 anos de casa. 

Segundo Maurício Stycer,  a situação de Renato é igual a de outros nomes coo Aguinaldo Silva, Miguel Falabella, Zeca Camargo, Vera Fischer e José de Abreu. 

É uma nova forma de contratos de profissionais apenas para trabalhos específicos. 

NOMES. A morte física do cartunista Liberati por Covid-19


segunda-feira, 29 de junho de 2020

NOTAS SOLTAS

1. Jornalista Wálter Gomes, que militou na imprensa cearense por longos anos, encontra-se na UTI de um hospital em Brasília. Informação do leitor David Coelho Costa Filho. Walter sofreu uma queda afetou o femur e esta com suspeita de coranavírus

2. A equipe do Futebolês está no aquecimento para retornar às atividades na Tribuna Band News. A informação é do titular Jussie Cunha que volta com a turma dia 6 próximo. 

3. Quem nos dá notícias sobre o paradeiro de profissionais incríveis como Conci Beserra (atuou em O Povo) e Neusa Saunders (idem) que, anos atrás, estiveram no batente.


sábado, 27 de junho de 2020

LEITURAS. Motel faz propaganda com a Covid-19

Motel de assessor especial do Ministério da Saúde faz propaganda com a Covid-19 

Um motel em Brasília, o Opium Motel, usa a pandemia do coronavírus como peça publicitária nas redes sociais. O hotel é do assessor especial do Ministério da Saúde, o empresário Airton Soligo. 

A propaganda do Opium Motel, exibe a imagem de um casal abraçado sobre uma cama e a mensagem: "Evite aglomeração. Aqui você curte a dois".
Em azul, o cartaz informa também o preço da hospedagem: suítes a partir de R$ 61. Acompanhada com o texto "Sabe aquela indireta beeem direta?" e emojis de diabinhos roxos, a postagem é da segunda-feira (15), quando Soligo já exercia o papel de assessor especial do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, mas sem vínculo oficial com o governo federal.

Lida no UOL 

TV. CNN Brasil está de olho em emissoras abertas do País

A CNN Brasil está de olho na compra de emissoras abertas. Segundo o site Notícias da TV, a empresa estadunidense está de olho em fechar negócio principalmente com o SBT, RedeTV! e Gazeta.
O veículo de comunicação estaria interessado em três tipos de negócio: compra total ou parcial, fusão ou arrendamento. Esse modelo já existiu. Em 1997, o SBT trabalhava dessa maneira com a CBS Telenotícias.

FONTE

quinta-feira, 25 de junho de 2020

CENSURA. A Disney retoca conteúdos de sua plataforma

Versão retocada do corpo de Daryl Hannah em ‘Splash – Uma Sereia em Minha Vida’, disponível na Disney+


A auto-censura anda comendo feio na Disney+, a plataforma streaming da famosa produtora. Artigo do espanhol Álvaro P. Ruiz de Elvira, publicado no El País, cita que a plataforma retoca conteúdos (antigos) para evitar decotes, nádegas, palavrões e piadas racistas. O último exemplo foi um decote rabiscado digitalmente que aparece na série juvenil "Os Feiticeiros de Waverly Place", no 10 capítulo da segunda temporada. 

Há cerca de um mês, a empresa censurou o "Splash - Uma sereia em Minha Vida", de 1984, onde a Daryl Hannah aparece entrando no mar de costas. Em "Uma Cilada para Roger Rabbit" tamparam um pouco de roupa interior que se via na personagem animada Jessica Rabbit. A Disney+, cita o articulista, 
"decidiu que a visão das nádegas da atriz era demais para uma plataforma que se gaba de ser um paraíso familiar e as cobriu (mais ainda, pois na versão original a longa cabeleira já tampava o bastante) de forma digital com o que parece ser mais cabelo. As queixas não tardaram a aparecer nas redes, e os usuários da plataforma mostraram sua incredulidade com uma gambiarra tachada de ridícula e desnecessária"
De uma lista de 10 filmes clássicos da Disney cujos temas representavam uma sociedade menos sensível ao racismo, ao sexismo ou à aparição de elementos como o tabaco e o álcool em conteúdos infantis, Dumbo foi votada como a mais inapropriada, seguida de Peter Pan e A Bela e a Fera.

Para tomar conhecimento de outros casos, clique AQUI.  

domingo, 21 de junho de 2020

JORNALISMO. Uma charge de Aroeira é alvo de censura

A censura à imprensa no governo Bolsonaro é o assunto deste domingo (21 de junho 2020) da ombudsman da Folha de SP, Flávia Lima. Em resposta a uma leitora que estranhou o "sumiço" da charge de João Montanaro no site, ela explica que, segundo a editora, "foi um erro técnico, corrigido rapidamente". Mas, emenda com uma grave denúncia: "Diante do que ocorreu nos últimos dias, a preocupação da leitora não é descabida".  


Chargistas foram interpelados judicialmente na primeira quinzena de junho. Aroeira é um exemplo. Com ele, o jornalista da Veja, Ricardo Noblat, por causa dessa charge feita após Bolsonaro estimular a invasão aos hospitais. 




Para ignotrantes, a ombudsman dá uma aula de história sobre a importância das charges na história da imprensa brasileira. 

LEIA AQUI

E o chargista da Folha ganhou a solidariedade de colegas através de cartuns que foram postados depois que foi denunciado pelo governo federal. 




sábado, 20 de junho de 2020

JORNAIS. Artigo no El País de hoje traz data de 31 de junho


INTERNET. Uma 'live' sobre as mudanças que o mundo vive

As 'lives' vieram para ficar. Mesmo quando a pandemia passar, certamente, esse recurso importante do mundo virtual prevalecerá na Internet. Domingo, dia 28, estaremos coordenando um debate que considero dos mais importantes dos muitos em que já pude participar nessa temporada. O tema "O Mundo mudou. E agora?", promoção do Paz e Bem, da Barão de Studart, a partir das 16 horas. 

Imagens do teste preparativo para o debate "O mundo mudou. E agotra?" domingo, 28 de junho na Internet

Reunindo nomes da área da Religião e da Psicologia, vamos mediar o encontro entre Tom Trajano (da área da Psicologia e do Espiritismo), o Padre Rino Bonovi (que desenvolve um movimento de saúde mental), o pastor Armando Bispo (da Igreja Batista e que, também, tem um projeto fantástico com jovens em situação de risco), além da Psicóloga Alessandra Xavier. 

SERVIÇO

Debate: "O Mundo mudou. E agora?"
Onde: Redes sociais 
Realização: Grupo Espírita Paz e Bem 
Quando: Domingo, dia 28 às 16h. 

REDES SOCIAIS. Antigo jogo de almanaques ganham o Face

As redes sociais, quase sempre, mostram uma tendência para se revisitar o passado. Agora, por exemplo, há um grande número de postagens de testes de erros, só verificáveis nas publicações dos anos 40 e 50. Naquele tempo, era comum os tradicionais almanaques de fim-de-ano trazerem em suas páginas esse tipo de passatempo que, ultimamente, voltou a povoar as páginas do Facebook. 



E como em tudo tem alguém para nadar contra a corrente, um internauta resolveu colocar uma pitada de irreverência nesse jogo de erros e de coincidências. 


JORNAIS. As manchetes que chamam atenção na pandemia

Em meio a pandemia do novo coronavírus, algumas manchetes chamam a atenção dos leitores. Essa do Correio Braziliense revela a orientação para que os casais façam sexo sem retirar a máscara. 


Já essa outra manchete do jornal gaúcjo Zero Hora denuncia que um deputado jantava sem usar a máscara. E fico a imaginar como é possível comer usando o equipamento. 



CHARGES. Quem é bom, já nasce Clayton: a demissão


sexta-feira, 19 de junho de 2020

JORNAIS. Impressos fazem promoções para superar crise

A pandemia do coronavirus pegou a tudo e a todos. O isolamento social reduziu as vendas ao pior nível. Muitas empresas chegaram a fechar. Na área dos jornais, os impressos estão recorrendo a promoções a fim de segurar os seus leitores.



quinta-feira, 18 de junho de 2020

MARKETING. Empresa tira do portfólio esponja Krespinha

E o movimento contra o racismo no Brasil registrou ontem mais um capítulo importante. Foi a retirada do portfólio da fabricante do Bombril, da esponja de aço chamada Krespinha. O produto passou a ser associado com o cabelo crespo das mulheres negras. Nas redes sociais, consumidores denunciaram a empresa por racismo e convocaram um boicote à fabricante, segundo li na Folha de SP. 

A hashtag #BombrilRacista chegou a ser o assunto mais comentado no Twitter na quarta-feira. A página da Bombril no Facebook também foi tomada de comentários críticos à empresa.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

TV. Juiz censura matéria sobre pagamento irregular dos 600

A censura mostra sua cara nesse sombrio governo Bolsonaro. Reportagem sobre o pagamento irregular do auxílio emergencial durante a epidemia da Covid-19 sofreu censura prévia por decisão da Justiça na segunda-feira (15). A veiculação estava programada para ontem pela RBS TV, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, e aí aconteceu o veto. 

O juiz Daniel da Silva Luz, da comarca de Espumoso, a 214 km de Porto Alegre, no noroeste gaúcho, concedeu liminar após ação judicial de pessoa suspeita de recebimento irregular do benefício e que não teve sua identidade revelada. A censura é para impedir a vinculação da autora do processo à reportagem.

(com informação da Folha/SP)

terça-feira, 16 de junho de 2020

RÁDIO. Manhã da Povo-CBN agora é com Ítalo e Farias Júnior

Leitora do blog nos pergunta sobre o paradeiro do locutor Luiz Viana, que trabalhava em um programa matinal na Povo-CBN.  Ficamos sabendo que ele sumiu do 'dial'. Uma fonte consultada nos informa que foi afastado mas continua na empresa. Em seu lugar no "O Povo no Rádio" Notícia", estão Farias Júnior, do Cariri, e o Ítalo Coriolano, responsável pelo suporte de Fortaleza. Já a Revista O Povo" continua entregue à comepetência de Maísa Vasconcelos.  


domingo, 14 de junho de 2020

QUARENTENA desperta a criança em veteranos jornalistas


A quarentena despertou o lado criança de algumas pessoas. Jornalistas, também. Eliomar de Lima criou o personagem Onofre, de quem já falei neste blog e continua 'matando a pau' com as edições do ratinho. A Ian Gomes virou ventríloqua da boneca de pano Mariazinha. Curioso é que a criatura está fazendo mais sucesso entre os internautas do que a própria criadora. 

NOMES. Ex-divulgador da RGE morre vítima da Covid-19

Tomo conhecimento, via Vevé Silva, da passagem do Diocrim, como era conhecido o radialista e ex-divulgador da antiga RGE, Carlos Alberto Oliveira, vítima da Covid-19. Deixo com o Everardo a citação: 

LUTO. PERDEMOS MAIS UM COMPANHEIRO RADIALISTA PARA O CORONAVÍRUS.

Pois é amigos. Olha a gente chegando com mais uma triste e lamentável notícia. É que faleceu neste fim de tarde aqui em Fortaleza, vítima do Coronavírus, o nosso querido amigo de longos anos o Carlos Alberto Oliveira mais conhecido como Diocrim.
Diocrim para quem é das antigas como eu, foi operador de áudio durante muitos anos de diversas emissoras cearenses. Mas ficou famoso na Ceará Rádio Clube, onde era o operador preferido do apresentador Colombo Sá que apresentava o programa Clube dos Tetéus que ia todos os dias de meia noite às duas da manhã e que era líder de audiência nas madrugadas cearenses.
Além da Ceará Rádio Clube ( PRE 9 ) Diocrim trabalhou ainda nas rádios Verdes Mares, Cidade Am e Dragão do Mar. Diocrim também enveredou pela divulgação artística chegando a trabalhar por muito tempo na gravadora RGE e na linha de shows como empresário artistico.

MEMÓRIAS. Paulo Gurgel printa um texto meu de O Povo

O médico Paulo Gurgel me deu uma alegria ao printar em seu blog um texto meu, publicado no Jornal O Povo, em 1992 onde eu faço um histórico sobre a cachaça. Modéstia à parte, mas ao reler a matéria confirmo como me saí bem, falando de algo que faz parte da cultura do nosso povo, Ah! a ilustração é desse mago Klévisson Viana, que era colega nosso na redação.

PINGA EM MIM

Nonato Albuquerque (*)

Pinga, birita, bicada. Não importa a marca, tudo é uma mesma bebida: cachaça. Lapada, caninha, catiripapo ou branquinha. Na hora de encerrar a conta o que se vê é gente tomando uma, melando o bico, queimando o dente com uma boa dose da mais popular de nossas bebidas. A cachaça é a preferência nacional não apenas do João Canabrava (personagem do humorista Tom Cavalcante, na Escolinha) e de outros papudinhos, como são aqueles que a elegeram aos pés do balcão das bodegas e mercearias, mas também por um público mais requintado. Pois é, com a exportação de algumas marcas como a Ypioca, ela ganhou o mundo e o paladar de gente acostumada a outro tipo de bebida. Bastou isso para que as agências dessem um melhor tratamento às peças anunciando esse tipo de bebida. Afinal, aqui mesmo no Brasil, muita gente boa não almoça ou janta sem antes "tomar uma" para abrir o apetite.

Na praça da Gentilândia há uma verdadeira confraria da cachaça. São os diaristas do "seu Chagas" e do bar do Luiz, pontos de encontro de prefeitos do interior, de funcionários públicos e gente que adotou a pinga como "desculpa" para um encontro. Ao lado da Secretaria de Segurança, o comerciante Zeca Araújo não dá conta atendendo a juízes, advogados, velhos políticos e jornalistas que sempre circulam ali para "umas e outras", em torno de um bom papo. A cachaça tem essa vantagem: quebra o gelo do silêncio, dá um tiro na timidez, aproxima pessoas de níveis diferentes sem criar nenhuma medida restritiva. 

Na Praia de Iracema, o bar do Getúlio é a confirmação disso. Até hoje é o ponto de encontro de gente bem, "tudo de paletó e gravata", que corta o caminho do trabalho para casa para uma lapada. No Batecaverna, situado na Pinto Madeira, quase início da Torres Câmara, médicos o elegeram como seu espaço para virar um copo. E todos só bebem cachaça.

Há verdadeiros santuários dos pinguços em Fortaleza. Os intelectuais, como Luciano Maia e Gervásio de Paula, preferem o encontro na Padaria Espiritual, na rua 25 de Março com Pero Coelho, um dos locais mais antigos na tradição dos que bebem uma cachacinha. Mas um dos bares mais antigos ainda em atividade é o Pirajá, situado na Guilherme Rocha. Ali, o ar das pessoas e dos móveis rescende a cana.

Havia um local no centro de Fortaleza, que era cana pura, o Bar Frixtil, localizado na Pedro Pereira. Pinguços famosos da vida cultural desta cidade firmaram muitos encontros, sempre ao lado de umas boas doses em dias de chuva.

Em dias coloniais como os desse cinzento fevereiro, aumenta a rotatividade nos bares e bodegas onde a cachaça reina, indiferente à invasão de outras bebidas mais nobres, como a vodca que chegou a ganhar a admiração da intelligentzia cearense nas duas últimas décadas. Ela tem ido à luta, sofisticando-se na caipirinha e ganhando novos consumidores, além de uma preocupação com o ítem qualidade a fim de quebrar um pouco o velho preconceito que a acompanha vida afora, o que a levou ser desprezada pela maioria dos brasileiros.

Hoje em dia, a coisa mudou. Há várias marcas da cachaça nacional, inclusive fabricadas aqui mesmo no Ceará, que detêm premiações internacionais como o da Associazone di Controllo de Qualitá, concedido à Chave de Ouro e entregue pelo príncipe Rainier de Mônaco. Nada mais chique, embora o preconceito para se assumir como um admirador da pinga ainda seja muito alto.Muita gente boa se negou a dar testemunho dizendo ser um bebedor de cana. Puro preconceito.

Na verdade, a origem de tudo isso é fácil de ser identificada. Por ter surgido entre os escravos que trabalhavam nas casas de moagem, a cachaça sempre foi olhada de banda pela chamada granfinagem brasileira. Isso não quer dizer que rico nunca tenha provado da bebida no Brasil colonial, muito pelo contrário. Carraspanas de senhores de engenho sempre foram escandalosas e acabaram mal para os cativos. Para compensar todo o banzo, os escravos iam à desforra com a cana. Ela, a exemplo do que ainda hoje acontece em relação às dores de esquina (sic) dos amantes, funcionava como uma ótima fuga para os escravos. E não era apenas fuga no sentido subjetivo da palavra, não. Literalmente, a coisa funcionava.

Historiadores costumam situar em torno de 1540 o início do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil. O aparecimento da cachaça é contemporâneo a essa cultura. Em 1664, quem diria, a cachaça subia à cabeça dos escravos e fazia o sonho da libertação se tornar realidade para muitos. Aqueles escravos que não tinham coragem de engrossar as filas de fujões, tomavam umas "calibrinas" e o "santo" baixava lhes dando ânimo para enfrentar a arriscada aventura. Muita gente assinou carta de alforria por conta própria, depois de um porre homérico antecipando o que a História nunca irá reconhecer: a pinga brasileira foi a Lei Áurea de muito negro. Verdade, depois de uma rodada de aguardente e a fuga, muitos senhores de escravos é que ficaram na maior ressaca.

Por conta desse "auê calibrino", os donos do mundo escravocrata de Santos e de São Vicente resolveram abrir os olhos. Vetaram por decreto o consumo da cachaça "como sendo altamente prejudicial à capitania". Isso foi no ano de 1664, iniciando o regime de clandestinidade da bebida nas tendas da colônia. O mais curioso é de que esse decreto nunca foi revogado, o que leva alguns ensaistas famosos a a garantirem - veja só - que a cachaça continua no Brasil em regime de semiclandestinidade, sem estatuto legalizado.

(*) Nonato Albuquerque é jornalista, blogueiro e apresentador de TV. Publicou esta matéria no Jornal O Povo, edição de 23 de fevereiro de 1992, com ilustração de Klevisson. Eu, Paulo Gurgel, digitei-a para publicação em meio eletrônico.

Dr. Paulo Gurgel que alegria o senhor me trouxe com a publicação dessa matéria que, se não me falha a memória, foi pautada por um editor 'biriteiro'. A Márcia (Gurgel, esposa) deve se lembrar. Obrigado