Nonato Albuquerque
A propaganda eleitoral tem uma importância gigantesca, mas quando ela se utiliza de recursos do período do nazismo, surpreende. Naquela epoca, Hitler em seu livro "Mein Kempf" comparava a propaganda política a um enfentamento bélico, desde que ela quebrasse a principal linha de defesa do oponente, utilizando-se dos mecanismos de arrasar com a imagem do outro com a finalidade de triturá-la.
Na atualidade, nota-se essa evidência nessa reta final da campanha do segundo turno, quando se busca eliminar a reputação do opositor, seja A ou B, buscando minar a força moral de cada um, explorando-se mais dos vícios, do que das virtudes, tanto de um quanto de outro.
Com uma facilidade, os marqueteiros centralizam seus ataques nas imagens do concorrentre, utilizando-se de um discurso repulsivo, que mais se apoia na destruição do que na construção de um projeto capaz de reverter os problemas mais acentuados da população.
E nesse cabo de guerra, candidatos se diminuem. São deixadas de lado as ideias, os projetos e as medidas compatíveis ao cargo que almejam. Com isso, a campanha vai perdendo o sentido e dando sinais de cansaço entre o público a que se destina. Será que é isso mesmo o que a população espera?