*FOI ASSIM*
Wilton Bezerra(*) escreveu
Quando tinha uns 13 a 14 anos de idade, estudava no colégio Diocesano, do Crato. O colégio era bom, o estudante relapso.
Levava a vida ao lado do irmão Ítalo (um ano mais velho), ouvindo rádio, jogando peladas do campo do Cariri, vendo cinema, assistindo jogos do campeonato cratense, lendo jornais e a Revista do Esporte.
Torcia fervorosamente pelo Flamengo, no tempo de Moacir, Henrique, Dida e Babá.
Vagabundagem praticada em torno da estação da RFFSA, Bar Social do Seu Chiquinho (dirigido pelos filhos Geraldo e Chico Alberto) e Praça Francisco Sá. Pontos de encontro da meninada.
Eu não sabia fazer nada de produtivo. E, também, não fazia nada para aprender um ofício que me apontasse um caminho na vida.
Um jovem sem futuro, se querem saber.
De tanto curiar (pelas janelas) o funcionamento dos estúdios da Rádio Educadora do Crato, acabei sendo levado pelo amigo-irmão Evandro Bezerra para a Amplificadora pertencente à Diocese, que funcionava em frente à Praça da Sé.
Iniciou-se, assim, todo o processo para que saíssemos do completo anonimato
Daí para as rádios Educadora e Araripe, sempre como controlista-operador. Dessa forma, o rádio salvou um desocupado de futuro incerto.
Em 1967, já morando em Juazeiro do Norte, a convite do Dr. Geraldo Menezes Barbosa, ingressei na querida Rádio Progresso AM, no momento de sua inauguração.
Desempenhando várias tarefas na emissora do Grupo Bezerra de Menezes, acabei me fixando na função de comentarista esportivo.
Em 1979, fui contratado pela Rádio Uirapuru de Fortaleza, equipe comandada por Moésio Loiola.
Daí para as emissoras Cidade, Assunção e Verdes Mares, onde me encontro até hoje.
Foi assim que conseguimos chegar a mais de 57 anos de atividade, neste veículo maravilhoso que é o rádio.
Wilton Bezerra é cronista e jornalista do Diário/Grupo Verdes Mares