O ET que o mundo esqueceu
Eu fui convidado pelo diretor-presidente de O Povo, Demócrito Dummar, para ser o mestre da cerimônia, que teve músicas nas vozes da Aparecida Silvino e corais. Em dado instante sou pego de surpresa. Demócrito me pede para que eu fale como representante da comunidade espírita sobre o tema. Embora não estivesse preparado, aceitei o desafio porque, nessas ocasiões, acredito na força da espiritualidade a nos utilizar como meio de difusão de ideias.
Comecei falando sobre o enorme desenvolvimento tecnológico que a humanidade alcançara; lamentava que o mesmo não se dera do ponto de vista moral e espiritual. A imagem da destruição das torres, lembrava-me cena de cinema. Parecia coisa criada pela conhecida fábrica de ilusões americana, Hollywood.
As produções do cinema norte-americano mais recentes eram voltadas para o uso de efeitos especiais, onde o ítem violência parecia ser o único chamariz do público, condicionando-nos a legitimar e aplaudir tudo o que viesse com essa marca.
E para provar como a nossa mente está intimamente atraída pelas mensagens de violência dessa Hollywood, fiz questão de me referir a um personagem mostrado nas telas que impressionou o mundo. Ele era um extra-terrestre, que veio das estrelas, atraindo para si a atenção dos mais humildes e, principalmente, dos pequeninos.
Diante de olhares atentos a minha reflexão, indaguei se sabiam a que personagem e filme estava me referindo. Um coro uníssono soou na catedral lotada: “E.T.” ao que, prontamente, contestei.
– Para ver como estamos condicionados aos mitos de Hollywood. Não me refiro aqui ao ET do filme de Steven Spielberg. Mas a um outro personagem que Hollywood por várias vezes retratou. Ele veio do alto para iluminar a existencia humana, ensinando uma filosofia de vida voltada para o Bem e o Amor. Esteve mais próximo das crianças porque essas o entenderam. Ele foi vítima da violência dos adultos num sacrifício que ainda hoje é lamentado. O personagem de quem falo é Jesus, de quem deveríamos ter apeendido a sua formidável cultura de paz.
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