Quem cuida das estátuas, monumentos e imagens de Fortaleza? Uma delas foi restaurada e amanhã, 13 de maio, será reentregue aos fiéis que forem assistir no santuário de Fátima, aos eventos religiosos relacionados à aparição da virgem há exatos 108 anos.
Essa restauração nos faz lembrar da situação de estátuas públicas em Fortaleza, com algumas passando por processos de restauro e revitalização e outras apresentando problemas de degradação e vandalismo. A falta de cuidados e de manutenção dessas esculturas fez com que a de Nossa Senhora de Nazaré, no Montese, chegasse a desabar em outubro do ano passado.
Se fizermos mentalmente um passeio pela cidade iremos ver que esculturas como a da praça General Tibúrcio (Praça dos Leões) passaram por restauração depois de muito tempo largada ao abandono.
Essas obras denotam a desatenção do poder público, a ponto de serem degradadas como as obras de Sérvulo Esmeraldo, cuja Femme Bateau foi resgatada com o esforço da viuva Dodora Guimarães. A Iracema da Lagoa de Messejana foi alvo de pichações, roubo do motor de propulsão da fonte. A outra Iracema Guardiã chegou a desabar do pedestal. A Iracema da beira-mar apresentava pichações, além da cabeça de cachorro Japi ter sido destruída. E teve a lembrança de ouvintes nossos para a fonte da praça do BNB e o BEC dos peixinhos.
Se o dia de amanhã, 13 de maio, servirá para se elogiar o trato dado à estátua da Virgem de Fátima pela sua restauração, é preciso que o olhar atento dos responsáveis por esses patrimônios culturais seja estendido a outros locais, pois o vandalismo aviltante já foi responsável pelo roubo dos óculos de Rachel de Queiroz, pelo sumiço da batuta do maestro Alberto Nepomuceno e que ninguém se esqueça de que até os óculos do ex-presidente Castelo Branco, foram surrupiados do interior do mausoléu do Abolição.
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