Só que a Folha de S. Paulo (SP), que já foi líder em circulação impressa no Brasil (mais de 1,5 milhão de exemplares em um único domingo nos anos 90) está dando sinais de que algo não anda bem na Barão de Limeira.
No primeiro semestre, a Folha desfiliou-se do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o controle independente dos impressos do Brasil, aceito por agências de publicidade e respeitado pelos demais jornais. A explicação não convenceu o mercado, mas pesou o fato de o novo auditor (PwC) ter regras mais "camaradas" e também o concorrente O Estado de S. Paulo (SP) já ter feito o mesmo.
Agora a Folha anunciou que vai reduzir o histórico formato de suas páginas, de standard (55cm) para berliner (44cm), a partir de 01 de Setembro. Se for respeitado esse padrão, a Folha será um pouco maior que o Estadão, que reduziu há três anos. Entre os "jornalões" só O Globo (Rio de Janeiro, RJ) manterá o formato.
No meio jornalístico sabe-se que mudança de formato só ocorre em duas ocasiões: quando a empresa realmente acredita que formatos compactos têm a preferência dos leitores (o que não é o caso da Folha) ou quando o financeiro aperta e é necessário se obter resultados a curto prazo, economizando papel e tinta.
A Folha vem obtendo algumas vantagens com estratégias que não significam aumento de audiência, como contar 5 assinaturas em uma só (um assinante digital pode indicar 5 familiares para navegar pelo site). Mas o sinal amarelo está aceso na sede da Folha.
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