Sejamos práticos: o colunismo que se aplicou no Jornalismo dos anos 50 e 60, parecia destinar-se apenas às delícias das dondocas e ao agrado da ala incensada à chamada geração chique; a do "high-society", como os escrivinhadores de plantão costumavam se referir. O tempo jogou naftalinas no estilo clássico e assumiu o posto uma geração com veia crítica venenosa e um admirável poder de síntese.
No Ceará, contribuíram para essas mudanças, dois nomes: Rogaciano Leite Filho e Neno Cavalcante, nos impressos de O Povo e Diário do NE, respectiamente. Eles repaginaram o modo de escrever colunas e deram um novo formato no conteúdo. Infelizmente, os dois mudaram muito cedo de dimensão e ficou uma lacuna, até surgirem, mais recentemente, "As Cunhãs", resgatando o estilo de escrever do Roga e do Neno, como o exemplo de postagem (acima) da Inês Aparecida. Digno de figurar entre os criativos "potins" da contemporaneidade.
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