Puxar esses sacos virou sinônimo de subserviência. E o puxa-saco passou a definir todos que bajulavam superiores ou qualquer outra pessoa.
A bajulação, na gíria do Brasil colonial chamava-se “engrossamento”. Depois, na República Velha, passou a ser “chaleirismo” ou “chaleiramento”. Só a partir dos anos 30 do século XX, foi que se popularizou o termo “puxa-saco”.
Puxa-saco é sinônimo de bajulador. E esta palavra, por coincidência ou não se liga ao ato de levar bagagem alheia. Essa palavra vem do latim bajulare, de bajulus, “o que leva a carga para outro, mensageiro”.
Os puxa–sacos vivem adulando. Já esta palavra vem do latim adulare, “lisonjear, afagar”. Primeiro parece que este verbo se aplicava aos afagos feitos em um cão, depois aos que este fazia no dono, abanando o rabo e se mostrando contente mesmo quando não fosse bem tratado.
Um comentário:
O puxa-saco na música brasileira:
1 - O cordão dos puxa-sacos (c/Anjos do Inferno)
Lá vem o cordão dos puxa-sacos / dando vivas a seus maiorais / quem está na frente é passado pra trás / e o cordão dos puxa-sacos cada vez aumenta mais. (Marchinha de Roberto Martins e Frazão)
2 - O puxa-saco (c/ Jackson do Pandeiro)
Vou arranjar o lugar de puxa-saco / pois puxa-saco tá se dando muito bem.
3 - O xeleléu, (c/ Coronel Ludugero)
Xeleléu, ô xeleléu / o teu lugar tá garantido lá no céu.
4 - O puxa-saco (c/ Zeca Pagodinho)
É um carrapato, uma cola, um chiclete / esse cara do chefe não quer desgrudar.
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