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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

MÚSICA. Pra onde vai mesmo a nossa MPB nesse descaminho?

Um texto nosso, postado há exatamente quatro anos, ao ser reprisado pelo Facebook (na página de Lembranças) voltou a ser comentado com bastante interesse. Sem maiores pretensões, ele fala do movimento musical brasileiro transpondo os últimos 60 anos e o que, eu particularmente, considerei um declínio em termos de qualidade quanto à criatividade. Aproveito para postá-lo aqui no GENTE DE MÍDIA, aguardando as manifestações dos nossos inrternautas.  
As gerações mudam com o passar do tempo. A Música pode nos ensinar isso. Às vezes, revelando alterações crônicas.
Na década de 60, um sopro de renovação com a era Beatles.
No Brasil, a MPB se qualifica com nomes sagrados como Chico, Caetano, Gil, Milton etc.
Numa escala de músicas para se curtir e dançar veio a onda ié-ié-ié e companhia.
O tempo rolou e vamos encontrar um renovo com rock nacionais e poetas como Belchior e Cazuza, onde era preciso mente e coração para aperceber dessa cultura.
A partir daí, abre-se um fosso e surge uma galera que faz música para uma geração que consome tudo do estômago pra baixo.
Dança da garrafa, dança da bundinha, eguinha pocotó etc e tal.
Por um abertura, o forró retorna, mas veio só no rótulo. O conteúdo passa bem longe da poesia de Gonzaga e Humberto Teixeira.
Por uma outra fresta, o funk avança e soa uma música com temática porno-agressiva, muito embora haja exceções de música de qualidade com alguns rappers.
Estamos no limite de uma nova era e sabemos que, em todas elas, sempre houve quem condenasse partes desse todo por entender que só a visão dela seria a correta. O mundo muda, a vida segue e o tempo não pára.
O que será que virá daqui pra frente? Eu responderia: torço por uma música que contenha o substrato da alma indignada com a falta de conhecimentos desta era e que vise, acima de tudo, revelar a essência de uma geração que migra desta transição para um mundo melhor.

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