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quarta-feira, 8 de março de 2023

TEXTO. Eva, culpada por transgredir o mando machista

 O bem da vida de todo mundo tem sempre a grandeza e a força do nome de uma mulher. Seja o de mãe ou da mulher amada, todos temos uma gratidão a essa figura.

Mas é incrível como o desmazelo humano ainda trata a mulher como se fosse um mero objeto. Ela, contudo, tem superado essas diferenças. Do direito ao voto à governança de uma nação, a mulher vai aos poucos dominando o mundo. E o mando das mulheres hoje é realidade em qualquer empresa. Ela é maioria nos cargos que, até então, eram exclusivos do homem. Apesar disso, ainda é grande o número de mulheres que se tornam vítimas da violência. Uma a cada três mulheres brasileiras com 16 anos ou mais foi espancada, xingada, ameaçada, agarrada, perseguida, esfaqueada, empurrada ou chutada nos últimos 12 meses.

Não sou eu que estou inventando isso; são os números da realidade. A pesquisa "Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil", realizada a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entrevistou mulheres de todo o país e revelou: 29% delas afirmaram ter sofrido violência física, verbal ou psicológica no ano anterior.

É incrível: se o bem da vida de todo mundo tem por trás sempre a força de um nome de mulher, como entender esse modo desumano de assim tratá-la? Preconceito que herdamos desde os tempos de Eva, culpada secularmente por já se mostrar transgressora do mando machista.

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