A imagem do torcedor assistindo ao jogo de futebol enquanto acompanha a narração e comentários no radinho de pilha não é estranha a quem tem o hábito de frequentar estádios. As transmissões futebolísticas pelo rádio começaram em fevereiro de 1932, com o locutor esportivo Romeu Tuma e atravessaram todo o século passado, passando inclusive pelo surgimento da televisão, tendo chegado ao século 21 ainda com muita força.
Um marco importante na história do rádio brasileiro foi a transmissão em cadeia nacional da copa do mundo de 1938, disputada na França. Serviços de alto-falantes foram instalados nas praças de centenas de municípios do país para que a população pudesse acompanhar as partidas por meio da narração de Gagliano Neto.
Se num primeiro momento as dificuldades técnicas eram muitas, com transmissões feitas de galinheiros e telhados vizinhos aos gramados, com o tempo elas foram se profissionalizando cada vez mais.
Nem o surgimento da cobertura esportiva televisiva foi capaz de aposentar as transmissões de partidas de futebol no rádio, que até hoje possuem uma audiência cativa.
Desse modo, são muitas as habilidades exigidas de quem vai trabalhar com rádio esportivo.
Embora o futebol seja a grande estrela da cobertura esportiva no país, o rádio também já teve olhos para a transmissão de corridas de cavalos, bastante populares em meados do século 20.
Com o tempo, no entanto, tais transmissões deixaram de ser realizadas e hoje é o futebol mesmo, convertido de esporte em paixão nacional, que domina as transmissões esportivas nas ondas do rádio.
Em pleno centenário de existência no Brasil, o velho rádio não dá qualquer sinal de enfraquecimento. Ao que parece, a imagem do torcedor com o ouvido colado ao radinho de pilha enquanto assiste a um jogo no estádio seguirá fazendo parte das nossas vidas em pleno século 21.
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