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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

TV. O que escreveu o crítico Gabriel Perline sobre o Pipoca

 

Pipoca da Ivete expõe desgaste criativo da Globo e vira pesadelo na TV


Quando Ivete Sangalo foi anunciada como nova apresentadora das tardes de domingo da Globo, com a promessa de um programa alinhado com sua energia e força artística, a expectativa foi lançada às alturas. Mercado publicitário, público e imprensa esperavam algo que pudesse arejar a programação do fim de semana. Em sua terceira semana no ar, o Pipoca da Ivete mostra o contrário: é um apanhado de "ideias" repetidas e que já fracassaram em outros tempos, deixando evidente o desgaste criativo da emissora.

Há anos a Globo vem investindo em uma fórmula batida e que não mostra resultados satisfatórios: fazer famosos pagarem mico na TV. Para não ser desonesto, o único que tem conseguido sobreviver a este formato é o Caldeirão com Mion. Mas o sucesso se deve muito mais ao carisma do apresentador que aos quadros em si.

Todas as novidades da TV e do mundo dos famosos no seu e-mail. Nessa ideia de "constranger famosos" com o pretexto de entreter o público, temos uma lista de atrações recentes que fracassaram: Tomara que Caia (2015), Os Melhores Anos das Nossas Vidas (2018), Tá Brincando (2019), Tamanho Família (2019), Se Joga (2019), Casa Kalimann (2021) e Zig Zag Arena (2021).

E o Pipoca da Ivete é um pouco de todos estes programas que floparam no passado. Os quadros são uma repetição de algo que já deu errado, mas com uma roupagem nova. A apresentadora já havia dito na coletiva de imprensa que sua atração iria homenagear o que já tivemos de melhor na TV brasileira. Mas não é isso que estamos vendo.

A sensação que transmite é que J.B. de Oliveira, o Boninho, reciclou todas as ideias ruins que já teve no passado e criou o Pipoca às pressas. Parece que não houve tempo para uma análise de suas criações que fracassaram no entretenimento da Globo e apostou todas as fichas no talento da apresentadora.

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