Translate

segunda-feira, 18 de abril de 2022

RÁDIO. O veículo merece acompanhar os tempos de hoje

Quem vive o rádio, seja como profissional ou como ouvinte, confirma o avanço que o veículo ganhou nos últimos anos. E não foram poucos. Apesar disso, há quem ignore o progresso desse veículo e, por incapacidade de avaliar essa importância, acabe impedindo que ele avance mais ainda nesses tempos de hoje.  


O veículo aliou a si, o importante auxílio da tecnologia das mídias digitais, num reprocesso que o demonstra ser um instrumento de incrível mutabilidade. Adotou uma linguagem mais informal. Produz conteúdos aliados à realidade jornalística dos nossos dias. Ficou mais parceiro ao adotar o companheirismo como objeto de sua atenção. Com isso, consignou um percentual admirável de acessos. 

Apesar desses avanços, há quem utilize o "velho sem fio" com uma linguagem muito retrógada, como se não tivesse assimilado o avanço do tempo. Emissoras há que pararam no tempo e vivem a repetir as velhas e cansativas fórmulas de programas, cujo conteúdo parece utilizar-se de uma máquina do tempo, para agregar valores e estilos considerados hoje em dia superados. 

Quem se der ao trabalho de pesquisar vai ver que as mídias digitais ditam com supremacia o cardápio consumido pelo público de hoje em dia. Responsáveis pelo rádio, de onde a TV se apropriou de formulas como a novela e os noticiosos, precisam estudar esse fenômeno. Hoje, os ouvintes estão interessados em notícias. Informações. Fatos. Histórias para serem contadas de uma forma coloquial. O segmento "news" deu ao veículo uma dinâmica incrível. E reuniu em si jovens saidos dos cursos de Comunicação, com um capacidade revolucionária em termos de informação. Com isso, aproximaram mais ouvintes. 

Até para as AM, que ainda adotam a música como parcela de seus produtos, é preciso lembrar que existem serviços de "streaming" popularizando músicas e as entrevistas em 'podecast' de fazer inveja e - o que é melhor - até de forma gratúita. Nelas, o ouvinte tem a possibilidade de eleger o que deseja ouvir, evitando que no rádio se eternize o insuportável expediente do jababulê - o jabá, que as gravadoras pagavam às emissoras, evitando que talentos musicais passassem ao largo.   

Ao mesmo tempo, pesquisas nacionais têm demostrado que o número de aparelhos de rádio desligados em nosso País chega a surpreender, a ponto de apenas um parcela de menos de 30 por cento acompanharem as emissões das emissoras AM. E ao longo dos anos, um universo de 70 por cento nunca foi alvo de preocupação dos produtores e diretores de rádio em saber o que eles desejam ouvir. 

O conteúdo do rádio AM ainda dedica grande espaço de seu tempo para "converseiro besta" (expressão que costumeiramente se diz) de apresentadores com egos inflados, interessados em sobrepujar o seu nome, com fitos trampolinescos - de trampolins para carreirismo político - sem dar a devida importância ao veículo rádio. 

Um trabalho de conclusão de curso universitário, revelou que assuntos como horóscopo, por exemplo, perderam o interesse até do público mais maduro que acompanhava isso há 40 anos, quando ainda não tinha a visão de informação a que hoje detemos. Divulgação de receitas de bolo -  até na tv elas têm uma fatia muito restrita -, é outro tema fora de ordem. 

"Nunca se soube de alguma dona de casa que parasse em frente ao aparelho de tv, para em meio aos afazeres domésticos, fosse anotar as dicas, quanto mais no rádio, onde tudo evoluiu".

Infelizmente, alguns radialistas, programadores e produtores sem o viéis de formação jornalística, persistem nessa teimosia. E, por causa deles, o rádio vai perdendo ouvinte, já que todo produto de consumo, hoje em dia, passa pelo crivo da qualidade. Num tempo de mudanças, como esse que vivemos, fechar os olhos - a essa realidade, é estagnar no tempo e no espaço. 

2 comentários:

1980/81 disse...

Que pena que as emissoras seja am ou FM são tão mal tratadas.
fm com músicas tipo nós vai, tu bebemos... adultérios, traições e bebedeiras.
am...sai do ar, baixa potência, sem qualidade e sem enlatados paulista.
Aurilio de Sá (Crato - Ce)

Raimundo Moura disse...

Só li verdades. Quem não se atentar para esse novo tempo ficará para trás