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sábado, 19 de março de 2022

MEMÓRIA. Comediante sofreu perseguição por ser comunista

A atriz norte-americana Lucille Ball, da famosa série de TV "I love Lucy", com seu marido Desi Arnaz,  teve uma vida atormentada. Seu pai morreu quando ela tinha dois anos. Aos 14 se uniu a um criminoso e teve que ser internada num colégio onde desenvolveu atividades artisticas ao lado de uma colega que seria expoente do cinema, Bette Davis. 


Suas primeiras aparições no cinema não resultaram em sucesso. A RKO chegou a dispensá-la porque ela contrariava as regras absurdas da moral hollywoodiana, como ser casada com um latino (um cubano na verdade) e ele ser quatro anos mais novo do que ela. Essas coisas existiam. 

Desi era alcoólatra, namorador e foi preciso que a esposa o colocasse no "reality show" (I Love Lucy) para que ela pudesse monitorar sua vida. Por causa das brigas com ele chegou a abortar quatro vezes em meio a depressões. 


Em meio ao sucesso da série - que metade dos EUA assistia - surge uma denúncia que quase acaba com a sua carreira. Era 1953, no auge da perseguição comunista pelo governo McCarthy, descobriram um registro de 1936 da atriz ao Partido Comunista. Ela teve que depor. E confessou que teve que se associar apenas para agradar ao seu avô que era socialista. Mas testemunhas afirmaram que Lucille chegou a dar aulas sobre o comunismo na sua própria casa. Mas como era muito querida no País, a situação foi abafada - segundo documentário Sociocrônica, disponível no YouTube. 

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