Um artigo da Folha de SP nos remete a uma velha questão que, vez em quando, vem à tona. A de que emissoras de rádio cobram de gravadoras dinheiro para a divulgação de certos cantores e música. O indefectível jabá - de jabaculê, como ficou conhecida essa anomalia.
Assinado por Lucas Brêda, o artigo busca explicar porque os sertanejos dominam o rádio |
Nos últimos dias, um trecho de uma entrevista da empresária Kamila Fialho, que tem no currículo trabalhos com Anitta e Kevin o Chris, pipocou na internet. "Eu pago para tocar uma música na rádio e eles compram a rádio", ela disse ao programa Podcast de Música, do YouTube, fazendo referência a artistas da música sertaneja. Apesar de exagerada, a provocação de Fialho tem algum respaldo na realidade.
Gênero mais consumido do Brasil em qualquer plataforma, o sertanejo tem uma presença ainda maior nas rádios, que são capazes de render cachês mais altos e dar fama nacional a uma música ou artista. No streaming, o ritmo também é protagonista, mas ali divide os holofotes com outros estilos, que criam alternativas para crescer sem depender das FMs.
Entre as cem músicas mais tocadas nas rádios do país em 2021, segundo relatórios das empresas especializadas Crowley e Connectmix, cerca de 60% são sertanejas, e o resto é dividido entre forró, pagode, pop e músicas internacionais, entre outros. O sertanejo também domina as primeiras posições das listas.
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