Em tempos de intolerância, onde o preconceito dança ao som do negacionismo, a preocupação com a vida dos outros torna-se algo tão banal que alimenta não só as colunas de 'gossips', mas engrossa as páginas de publicações sérias. A explicação de quem lucra com isso, é que dá ibope. Permite compartilhamentos nas redes sociais, com monetização. Vende jornal, apesar de pouquissimas pessoas darem conta de ler impresso nos dias de hoje.
Fofoca, por sinal é algo tão antigo. Fazia o sucesso nos saraus do Brasil colônia, no império. E com o avanço do tempo ganhou adeptos nas futricas de comadres. Encheu e enche ainda linguiça nos salões de beleza. Revela sua cara no vídeo através das sônias abrão e das equipes de programas 'Casos de Família' e 'Fofocalizando'.
Na mídia aliás, ficou famosa a coluna "Mexericos da Candinha, da extinta Revista do Rádio, a ponto de ganhar homenagem com uma música do "rei" Roberto Carlos. A personagem era a versão brasileira da norte-americana Louella Parsons, que falava de deus e do mundo dos famosos.
Hoje, todavia, a coisa vem em doses exageradas. Fere-se a moral de alguém com uma facilidade, apesar de muitos darem motivos para críticas devido a um tempo de intolerância e preconceito.
Para completar, a própria turba que consome esse tipo de informação, parece se deliciar com a fragilidade humana que consegue produzir equívocos ligados a um comportamento descompromissado com o outro e o desrespeito ao bom sendo humano que fez gerar o fenômeno "fake news".
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