A atriz Dilma Lóes morreu nesta sexta-feira (31) na Flórida, Estados Unidos, onde morava há dois anos. Ela se tratava de um câncer, de acordo com a família. Dilma tinha 70 anos.
Filha do ator e radialista Urbano Lóes e da atriz Lídia Mattos, começou escrevendo e dirigindo suas próprias peças na escola. Estreou no cinema em 1969 atuando nos filmes Meu Nome é Lampião, Parafernália, o Dia da Caça.
Em 1970, atuou ao lado de Mazzaropi em Betão Ronca Ferro. Sua estreia na TV foi na novela Tempo de Viver, TV Rio, mas tornou-se mais conhecida em O Bem-Amado, TV Globo, a primeira novela brasileira produzida em cores.
Roterizou e atuou em filmes como “Quando as Mulheres Paqueram” e “Aquela Gostosa Brincadeira a Dois”, com Carlo Mossy, Vera Fischer e Cléa Simões, dirigidos por Victor di Mello, com quem se casou e teve a filha Vanessa Lóes, também atriz.
Durante seu tempo na Globo participou de uma série de programas de Os Trapalhões.
Ainda nos anos 80 escreveu, dirigiu e produziu o musical infantil “Se a Banana Prender o Mamão Solta” que foi um grande sucesso de bilheteria e era ao mesmo tempo uma crítica aos preconceitos e normas da sociedade contemporânea.
Produziu também documentários de cunho social importante, entre eles “Quando o Crioulo Dança”, que acompanhava o movimento negro e abordava o tema do racismo no Brasil; e “Nossas Vidas”, em defesa dos direitos da mulher e da luta contra o machismo institucionalizado.
Ganhou o Kikito de melhor atriz coadjuvante no festival de gramado (em 1979) pelo filme A volta Do Filho Pródigo.
ORIGINAL: TRIBUNA DA BAHIA
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