Olho vivo: cavalo não sobe escada como dizia o Ibrahim Sued, um antigo colunista social que ninguém mais se lembra mas fez um sucesso danado no impresso e na Globo, onde mantinha uma coluna indigesta antes do Jornal Nacional. Mas o alerta aqui é sobre as inúmeras ofertas que surgem pela internet e que são fraudadores em busca de empurrar qualquer coisa nos bestas.
O jornalista Ruy Castro está denunciando em seu artigo deste domingo, na Folha, o anúncio vendendo LPs em 78 RPM (rotações por minuto). Embora alguns dessa nova geração, nem saibam atinar o que tenha sido um LP, todo cuidado é pouco.
Mas, há dias, certo leilão me chamou a atenção. Oferecia “LPs de 78 rotações”, com quatro peças não identificadas em cada lote. Acontece que nunca existiram “LPs de 78 rotações”. Os LPs, com seis faixas de cada lado, eram de 33 rotações por minuto —informação que, de 1950 a 1990, quando eles dominaram gloriosamente o mercado, não era segredo para ninguém. Os discos avulsos, quebráveis, com duas músicas, é que eram de 78 rotações.Trecho de Números Perdidos, de Ruy Castro
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