Próxima semana, o padre Marcelo Rossi, de 51 anos, vai à Polícia prestar depoimento no inquérito em que apura denúncia de suposto plágio, envolvendo a escritora carioca Izaura Gargia, de 62 anos.
Segundo o jornal carioca O DIA, o sacerdote, que já respondeu a outros dois processos por supostos plágios, não comenta o assunto, mas sua assessoria informou que ele está disposto a prestar todos os esclarecimentos que se fizerem necessários.
Nos próximos dias, a Justiça também julgará liminar, que poderá obrigar o recolhimento dos livros no mercado, tanto nacional, como internacional. Izaura alega que provou que o texto 'Perguntas e Respostas, Felicidade qual é?', que consta no famoso livro 'Ágape', lançado pelo sacerdote em 2010, é de sua autoria, mas foi atribuído a Madre Teresa de Calcutá. Sua defesa pede R$ 50 milhões de indenização, equivalente a 20% da venda de 10 milhões de exemplares, em 30 países.
“Estou muito feliz porque acredito nessa justiça que cumpre sua responsabilidade social, impedindo que a força e o dinheiro se sobreponham a ela. Confio em Deus e na competência do nosso judiciário", disse Izaura, agora há pouco por telefone ao DIA.
O inquérito contra Rossi foi encaminhado ao MP em novembro do ano passado, mas o órgão solicitou duas novas diligências: uma, de ouvir o padre sobre o assunto, e outra, sigilosa, envolvendo documentos.
Em julho de 2017, o líder católico foi acusado de plagiar texto do carioca Ronaldo Siqueira da Silva, de 58 anos, no livro 'O Eremita Urbano', conforme o DIA noticiou com exclusividade na época. No caso de Izaura, o plágio foi constatado por ela numa livraria, sem querer.
"Além de registro em cartório, o meu texto (entre os 100 mais fraternos do mundo, segundo sites especializados) foi publicado em 2002 no livro 'Nunca Deixe de Sonhar', meu e de outros autores. Fiz um acordo em 2013 com a Editora Globo Livros, não cumprido na íntegra".
Pelo acordo, ela recebeu R$ 25 mil de adiantamento pelo lançamento de seu livro 'Diabetes.com.saúde', em 2013, pela mesma editora, que se comprometeu a colocar o seu nome nas outras edições de 'Ágape'. "Na última edição (2015), nada mudou. Até hoje não me deram balanço ou pagamento da venda do meu livro sobre diabetes".
"Me encontrei com Rossi há dois anos. Ele apenas me abençoou e disse que Deus fecha uma porta, mas abre outras". A assessoria de Rossi não comentou o assunto. A editora informou que se manifestará nos autos da ação por violação de direitos autorais, na Vara Empresarial da Capital.
Nenhum comentário:
Postar um comentário