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terça-feira, 5 de setembro de 2017

JORNALISMO. Eduardo Tessler avalia os jornais de segunda

Jornais na contramão do bom jornalismo

Por um dia - pelo menos - o interior do Paraná ensinou critérios de bom jornalismo ao Brasil.

Ontem, o Londrina (equipe da Série B) eliminou o Cruzeiro (da Séria A) e classificou-se para a final da Copa da Primeira Liga - um torneio menor, é verdade, tanto que as grandes equipes jogam com formações reservas.

Para Londrina, pode ser um feito. Para o resto do Brasil, não. Mais: jogo disputado na manhã de domingo, com TV. Ou seja, importância no fim da fila.

Aí Nosso Dia (Londrina, PR), o popular da cidade, publica apenas uma chamadinha na capa. Afinal é notícia velha e de pouca importância. Mas Super Notícia (Belo Horizonte, MG), o popular de Minas, dá em manchete! Como explicar?

Mais: Folha de Londrina (Londrina, MG) publica como "classificação heroica", que realmente foi. É um feito para a cidade, justo comemorar. Mas como explicar o enorme espaço que Estado de Minas (Belo Horizonte, MG) e O Tempo (Belo Horizonte, MG) também dão ao jogo em que os reservas do Cruzeiro deixaram escapar a classificação faltando 10 minutos para terminar? Não se entende.

Na mesma linha os gaúchos estão perdidos. Diário Gaúcho (Porto Alegre, RS) e Zero Hora (Porto Alegre, RS) dedicam espaço nobre nas capas de hoje ao jogo do Grêmio. Disputado sábado...

Esse é o caminho para acelerar o desaparecimento dos jornais. Que pena.





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