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terça-feira, 23 de agosto de 2016

NOMES. Morre no Rio o jornalista Geneton Moraes Neto

O jornalista, escritor e documentarista pernambucano Geneton Moraes Neto morreu nesta segunda-feira (22), aos 60 anos, no Rio, em decorrência de um aneurisma na artéria aorta sofrido em maio.

Ele estava internado havia quase três meses na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul da cidade.
Ao longo de 44 anos de carreira, Geneton passou por jornais e emissoras de TV –seu último cargo foi o de repórter especial do canal pago "Globonews"–, escreveu livros de reportagem e dedicou-se também ao cinema. 
(Folha de SP)


Famoso por suas entrevistas, ao longo da carreira entrevistou inúmeras personalidades, dentre elas seis presidentes da República, três astronautas que pisaram na Lua, dois vencedores do Prêmio Nobel da Paz, os dois militares que dispararam as bombas sobre Hiroshima e Nagasaki, a mais jovem passageira do Titanic e o assassino de Martin Luther King.
A carreira do jornalista começou aos 16 anos no "Diário de Pernambuco". Depois, Geneton passaria pela sucursal nordestina de "O Estado de S. Paulo", em 1975. Também foi correspondente do jornal "O Globo" em Londres, em 1995.
Começou a trabalhar na televisão em 1981, como editor da afiliada na TV Globo em Recife. Em 1985, recebeu convite para trabalhar na sede da emissora, no Rio.
Ele assumiu o cargo de editor do "RJ-TV" e depois foi editor-executivo e editor-chefe do "Jornal da Globo", editor do "Jornal Nacional", repórter e editor-chefe do "Fantástico".
Desde 2009, atuava exclusivamente na produção de reportagens especiais para a "GloboNews".
Uma delas foi vencedora do Prêmio Embratel de Telejornalismo de 2010: as polêmicas entrevistas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves, que ocuparam postos de comando durante o regime militar.
Do trabalho como repórter saíram livros como "O Dossiê Drummond: a Última Entrevista do Poeta", sobre Carlos Drummond de Andrade e "Dossiê 50: os Onze Jogadores Revelam os Segredos da Maior Tragédia do Futebol Brasileiro", sobre a derrota na Copa de 1950.
Produziu e dirigiu documentários biográficos como "Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças" (2012), sobre o jornalista Joel Silveira, e "Canções do Exílio", sobre o período em que Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Mautner e Jards Macalé moraram em Londres.
Sua morte foi lamentada nas redes sociais por colegas. "Um homem que honrou a profissão de jornalista", escreveu o apresentador Serginho Groisman. "Acabei de perder um ídolo, uma referência no jornalismo, Geneton Moraes Neto. Meu coração está sangrando de dor", publicou o jornalista Eduardo Faustini.

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