Jornalismo na TV já começa dar tapinha nas costas
Flávio Ricco
Todo esse esforço, especialmente do pessoal do jornalismo, em tornar a
televisão mais natural ou mais coloquial, é absolutamente válido, desde
que se observem certos limites.
Uma repórter do "SP-TV", não tão
conhecida assim, e portanto sem maior intimidade com o telespectador,
chamar o César Tralli de "meu filho" soa como exagero. Assim como outro,
também em uma entrada ao vivo, se referir a certa pessoa como "o cara".
É preciso dosar, tomar certos cuidados, para não cair em conversa de
mano. E quer queiram ou não, a empatia de um apresentador, que está todo
dia no ar, com o telespectador é uma e bem diferente da maioria dos
repórteres que só aparecem de vez em quando.
O caminho é esse
mesmo, mas vamos pegar mais leve, não querendo pular etapas ou tentando
ser íntimo demais, a ponto de fazer xixi de porta aberta ou dar tapinha
nas costas. Tem coisa mais aborrecida que isso?
Da coluna do Flávio Ricco
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