Quem a conhece, já sabe que ela é merecedora de todos os elogios. Pelo talento, pela força de buscar o seu lugar ao sol. Falo desta competente atriz nascida em Pernambuco, mas criada no Ceará, Séfora Rangel, que em 'A Regra do Jogo' dá um salto em sua carreira. Hoje, a edição do jornal carioca Extra, abre espaço para destacar a importância do seu personagem na novela e reconhecer, sejamos sinceros, o bom desempenho dela. Séfora é merecedora de tudo isso. Para quem fez cara de muxoxo quando se anunciou que ela estaria na novela das 9, em um papel de empregada, a resposta chega aos poucos. Dá-lhe Séfora! Chupem blogueiros de muro baixo!
Séfora Rangel conta que não perdoaria uma
traição, como fez Conceição em ‘A regra do
Jogo’: ‘Ela é uma pessoa melhor do que eu’
Séfora Rangel conta que não perdoaria uma
traição, como fez Conceição em ‘A regra do
Jogo’: ‘Ela é uma pessoa melhor do que eu’
Filipe Isensee
Não é preciso muito tempo com Séfora Rangel para notar que seu ritmo — respiração, fala e humor — é diferente do de Conceição, a ex-empregada da família Stewart. “Sou destrambelhada, mais cômica na vida, falo muito ”, avisa ela, empolgada com a ascensão da personagem na trama de João Emanuel Carneiro. O papel, defendido com graça e segurança, é capaz de surpreendê-la pela firmeza gentil que o sustenta: resiliente, a trabalhadora perdoou as traições de Nonato (Ilya São Paulo), seu marido e pai dos dois filhos de Nelita (Bárbara Paz), uma postura que dificilmente encontraria eco na atriz de 40 anos.
— Conceição virou uma mãe coragem, defendeu a família que ela não teve, tentou desmascarar Orlando (Eduardo Moscovis). Brinco dizendo que ela é uma pessoa melhor do que eu. Esse chifre duplo também não é fácil. Eu não perdoaria — afirma Séfora, que, minutos depois, ensaia rever a posição: — A maneira como a personagem agiu me fez ver o assunto por outro ângulo. Depois de ter vivido isso na ficção, talvez lidasse de forma diferente... Mas não estou pedindo para acontecer comigo, ok, universo? (risos).
A atriz, todavia, conhece bem o amargor de descobertas do tipo, embora ela esteja alojada num passado já distante, tempos de pré-vestibular. “Quem nunca curtiu uma fossa ouvindo Legião Urbana ?”, pergunta ela, solteira e sem filhos. Nascida em Pernambuco, mas criada no Ceará, onde se formou em Direito e já possuía uma carreira consolidada no teatro, Séfora se desprendeu das raízes seguras para se arriscar no incerto e belo Rio, há uma década. Assim, o reconhecimento justifica a alegria elétrica com a qual fala sobre Conceição, uma personagem que reforça o elo com sua mãe.
— Ela (Zilca, de 74 anos) é uma inspiração para o papel. É uma mulher muito boa, dessas que soube se reerguer sempre que a vida passou por cima. Muito religiosa e digna. Ela é uma Conceição, ainda tenho que chegar lá.
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