Poema. Ofício de jornalista e jornalismo
Ouvir a pulsação do dragão de Commodore.
Sentir o impacto do que aconteceu em Tunguska
Ver o lado escuro da lua. O lado escuro da esperança.
Passar a língua, degustar o manuscrito anônimo
da Biblioteca do Mosteiro de Monte Athos, do século XI.
Farejar o vento nuclear de Sodoma e Gomorra.
Aspirar o cheiro do medo em Auschwitz.
Copular e sentir a energia ofegante da criatura alienígena.
E então ir dizer a todos, como tudo é.
Sem remover qualquer vírgula.
Sim. Esse é o ofício do jornalismo.
(Gandica/Publicado por Enigmas PRESS)
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