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terça-feira, 8 de outubro de 2013

TV. A voz devia ser preocupação no vídeo

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Voz é complemento importante para quem trabalha com comunicação. Embora algumas emissoras detenham em seus quadros a presença de fonoaudiólogos, ainda se ouvem apresentadoras com vozes infantis, repórteres falando sem noção nenhuma do uso do diafragma, além do excesso de "s" no sotaque caririoca. Há preocupação com a estética da imagem, porém esquecem que a voz é complemento importante.  

FALANDO NISSO 

Elenco nordestino combate sotaque global
Protagonistas da minissérie "Amores Roubados", no entanto, são interpretados por conhecidos do horário nobre

Acadêmico afirma que a escolha dos atores está relacionada à qualidade atual do cinema feito em Pernambuco

FOLHA DE SÃO PAULO/DA ENVIADA A PAULO AFONSO (BA)

Outra arma usada pela TV Globo para conseguir mostrar o "sertão real" na minissérie "Amores Roubados", que exibe em janeiro, foi o sotaque.
Embora os papéis principais da minissérie sejam interpretados por velhos conhecidos do horário nobre --Murilo Benício, Patrícia Pillar, Ísis Valverde e Cauã Reymond--, foram escalados atores nordestinos que vivem fora do eixo Rio-São Paulo para dar mais credibilidade à pronúncia.
Entre eles, os pernambucanos Irandhir Santos ("O Som ao Redor") e Jesuíta Barbosa ("Tatuagem") e o potiguar Cesar Ferrario ("Cheias de Charme").
"Em um primeiro momento, a gente se sente ridículo. Até você realmente começar a se sentir bem falando, você passa por uma estrada muito dolorida", afirma Benício, que se preparou antes das gravações com fonoaudióloga e chegou a pedir ajuda a Irandhir durante o trabalho.
Para Julio Wainer, diretor da TV PUC, a escolha do elenco faz sentido. "Hoje, o melhor cinema no Brasil está em Pernambuco e as novelas são feitas com atores do Sudeste. É uma tentativa de se atualizar sem perder a referência do imaginário e ainda buscar novos mananciais de atores. É um jogo de caras mais conhecidas e de caras novas."
Cauã Reymond, uma das caras mais conhecida e o Don Juan da minissérie, experimenta o sotaque nordestino pela segunda vez --a primeira havia sido em "Cordel Encantado" (2011). Ele diz ter ficado feliz em trabalhar com George Moura, autor que "sabe falar bem do universo masculino, que tem uma visão masculina sobre o homem".
"Na dramaturgia, hoje, os autores escrevem muito para mulher. Isso não é uma crítica, mas uma tendência. Mas o George escreve homens de forma ativa, com personalidade dominante, forte. O Jayme [personagem de Benício] e o Leandro [o de Reymond] são machos alfa", diz.
Reymond antagonizará com Benício, que faz o homem mais poderoso de Sertão, município fictício de Pernambuco escolhida para mostrar o "sertão contemporâneo".
A cidade é formada de imagens captadas em locações de Petrolina (PE), onde estão as vinícolas do antagonista Jaime Favais (Benício), e na região de Paulo Afonso (BA), base para as cenas feitas no Raso da Catarina.



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