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A violência é doença da alma
Vem de eras longíqüas;
estende-se a todos os ramos da sociedade humana.
estende-se a todos os ramos da sociedade humana.
Herdamos de Caim, a síndrome.
Esquecemos de Abel, a bonomia.
Asas partidas, anjos decaídos somos.
circunavegamos na carne vezes muitas
e, apesar de todo o conhecimento,
desconhecemo-nos francamente.
O socrático apelo do conhecer-se
não tem sido levado a sério. Nunca.
E aprofundamos o abismo no abismo.
Há ainda muito do selvagem de ontem,
habitando nossa alma,
abismada em meio a tanta modernidade.
Há ainda muito do selvagem de ontem,
habitando nossa alma,
abismada em meio a tanta modernidade.
Um dia virá, contudo, que isso findará.
Quando o Eu adormecido de cada um
reclamar a convivência do 'Nós' em todos.
Filhos do Legítimo, voltaremos ao lar
onde tudo começou e onde tudo recomeça.
E os gritos do silêncio, sufocados pela morte,
irão adquirir uma era nova, agigantando-nos
diante da nossa inferioridade humana.
Seremos anjos, sim. Em tempos outros...
Por enquanto, somos espíritos,
vivenciando uma experiência terrena.
Até que a (eterna) Vida nos separe.
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