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domingo, 18 de agosto de 2013

A GRAFIA DA IMAGEM. O Cocó 'enfaixado'

foto:.edimar soares
Era uma vez um verde
que o asfalto disputava.
Ambientalistas se uniram 
e provocaram o Poder:
para derrubar o verde 
só por cima de cadáveres.
Veio a Guarda e, sem sentido,
os expulsou a pau e pedra.
Vieram os homens da Polícia
e assim, as máquinas fizeram
o que o Poder desejava.
Derrubaram árvores do parque
em meio à grita de acampados.
E a velha Justiça dos homens, 
que tarda como (sempre) falta, 
acordou do sono e vetou o corte
embora tudo já tivesse sido feito.
A luta, contudo, continua, 
porque, necessário é o verde,
é preciso tanto quanto o ouro 
despejado no projeto viadutos. 
Na avenida em direção ao parque
a placa das faixas de veículos 
parece anunciar a guerra de faixas; 
umas a favor, outras contra.
Há necessidade de abrir vias, 
como há interesse por verde.
Nessa disputa de braço, eu sei,
os forte$ ainda (con)vencem.
Enquanto isso, no meio da mata
com suas riquezas naturais, 
seus animais e suas muitas vidas 
o parque parece estar-recido
com as atitudes do bicho-homem. 
Uns a favor do Cocó, salvação
outros, ao que parece,
em favor da outra acentuação.

3 comentários:

José de Arimatéa dos Santos disse...

Pro capitalismo o verde sempre é um entrave e cada dia mais em nome do "desenvolvimento" a vida vale bem menos. Não são só as árvores. Numa floresta ou num parque ecológico há uma infinidades de vida, além de refrigerar naturalmente o cimento e o asfalto da grande cidade.

Unknown disse...

A questão "natureza" é sempre difícil, porém só lamento a intervenção do capital, seja financeiro ou político que sempre é inconveniente, lutamos não pela natureza mas por puder, por posições, seja nos ambientalistas que poluem o porque com placas, faixas... que denigrem a natureza quando diminuem o próprio homem, seja na figura dos Guardas Municipais, que em recente vídeo publicado em redes sociais, foram denegridos em tudo por uma "ambientalista" seja pelos "VIADUTO SIM" que fazem manifestações até então pacificas, porem fica a pergunta, e a opinião do cidadão comum, onde e quando seremos ouvidos? ou acaso seremos "BEM" representados pelos intelectuais de plantão ou pelos eternos representantes do movimento (ex)estudantil.

Anônimo disse...

Tanta briga para fazer estes viadutos e na Rua Francisco Alves Ribeiro, no Jangurussu, uma das poucas que dão acesso 'a Av. Perimetral, tem uma série de buracos onde escorre uma fossa desde junho. Eles prometem e não fazem nada. Tem que passar um carro de cada vez. Mas é isso mesmo, uma licitaçãozinha dessa não deve interessar muito...
Rosa Muniz