Translate

domingo, 9 de junho de 2013

FILME. Para voltar ao passado, ainda aqui


Eu devo ter tido uma vida na velha França para me sensibilizar, como fiz, durante a exibição de "Les Miserables", o musical com Hugh Jackman, Russel Crowe e Anne Hatthaway. Chorei o filme todo. Aquele choro bom. Emoção pura. Porque tudo na história de Jean Valjean, escrita por Victor Hugo, lá pelos idos de 1862, me contagia. 

Muita gente deve ter torcido o nariz para o filme, por se tratar de um musical. Mas aqueles que se focarem (ô palavrinha chata!) na história de redenção do personagem principal e na luta dos jovens estudantes por uma França livre do domínio dos reis, fica encantado. 

Quando falei de minha pré-existência na pátria de Voltaire é que tudo ali me impressiona. A literatura, a música, a paisagem, a época. Como um 'déja vu' que me redespertasse para algo conhecido. 

A França me é familiar pelo interesse por seus escritores famosos. La Marselhesa era cantada por nós nas aulas do padre Geraldo Vieira, com quem estudei particularmente. Quando vim de Acopiara, com meus sete  anos de idade, foi na 14 de Julho que residi pela primeira vez. Era assim que era chamada a avenida Gomes de Matos. A primeira canção estrangeira que aprendi, fora as cançonetas populares da aula, foi 'Et Maintenent', que até hoje ainda me lembro. 

Quando fui aos EUA, fiz tudo para assistir na Broadway o espetáculo no qual se baseia o filme homonimo; só tinha ingressos para a semana seguinte e eu já não estaria em Nova York. Hoje, ao assistir a versão do cinema, acompanhei o drama dos personagens e chorei com cada um deles. Principalmente, na cena final que deve ter tido inspiração mediúnica de Hugo ao diretor Hooper. Encantador, o filme. 

Nenhum comentário: