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sábado, 27 de abril de 2013

A VOZ DO BRASIL. Em Brasília... 19 horas

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Em Brasília... 19 horas.

O anúncio deste horário, transmtido em rede por todas as emissoras brasileiras, tornou-se histórico. Ele refere-se ao programa Voz do Brasil, noticioso que vem desde os tempos de Getúlio Vargas e que é disputado pelas emissoras para que não seja obrigatório. O jornalista Mário Augusto Jakobskind, do Correio do Brasil, escreve hoje artigo sobre projetos que tramitam em Brasília e dizem respeito ao  horário das 7 da noite. 

O horário das 19h às 20h no rádio, historicamente ocupado pela Voz do Brasil, é muito cobiçado pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert). Agora, a entidade encontrou aliados no Palácio do Planalto.
A senadora Ana Rita (PT-ES), relatora de projeto em tramitação que torna a Voz do Brasil Patrimônio Cultural Imaterial, em função da importância desse espaço jornalístico para a informação de amplas parcelas do povo, sobretudo em rincões do interior, deu parecer contrário.
Informações fidedignas assinalam que, pressionada, a senadora admitiu que não só não conhecia em detalhes o projeto como recebeu a orientação do Palácio do Planalto para o veto. Depois de muita conversa, Ana Rita tirou o mesmo de pauta. Não quis mudar de opinião para não se atritar com o Palácio do Planalto.
Agora, o senador Roberto Requião pediu visto e vai apresentar em breve um substitutivo para aperfeiçoá-lo. O tema é sério e não está sendo acompanhado devidamente pela opinião pública porque paira total silêncio.
A história dos trâmites que visam a flexibilizar o horário da Voz do Brasil e que na prática resultarão no fim do programa, iniciado em 1935, tem várias fases. Em 2006 foi apresentado projeto no sentido de levá-lo à televisão. A grita dos proprietários da concessão das emissoras foi grande. O projeto saiu de pauta, e apareceu outro, flexibilizando o horário.
Depois de marchas e contramarchas, a Abert não conseguiu emplacar o seu projeto, que segue em pauta no Congresso, e o espera para a votação final. A oportunidade agora de pôr um ponto final no tema flexibilização é o contraponto tornando a Voz do Brasil Patrimônio Cultural Imaterial. O tema é de interesse do chamado baixo clero do Congresso, que tem como um dos poucos espaços para informar às suas bases o que fazem no Congresso, exatamente o espaço da Voz do Brasil.

Mário Augusto Jakobskind é jornalista.

Um comentário:

José de Arimatéa dos Santos disse...

A quem interessa o fim do "A voz do Brasil"? Simplesmente as grandes rádios, principalmente das capitais, pois quem é do interior gosta desse programa. E ele saindo desse horário, certamente tocarão esse nojo de música que tocam o dia todo.
Se ao menos nesse horário as rádios colocassem uma programação legal de informação e cultura, tudo bem.
Eu gosto do programa nesse horário. Se acontecer a flexibilização do horário do programa é o fim, pois passarão na madrugada. E essa visão que é do interesse do baixo clero no congresso eu considero simplesmente infeliz, elitista e preconceituosa.
E para falar verdade eu já estou cheio dessa visão sudestina de tudo como se o Brasil é somente Rio e São Paulo. Tanta coisa mais importante para se resolver nessa República...!