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O jornalista espanhol Juan Arias, que fez muita cobertura do Vaticano e hoje é correspondente do El Pais no Brasil, conta em seu blog, neste domingo, a história da mulher de uma favela pacificada do Rio que demonstrou temor em relação à vida do Papa Francisco. Ela teme que, por falar em transformar uma igreja para pobres, o ex-cardeal Mário Jorge de Buenos Aires possa vir a ser silenciado. Traduzo uma parte do texto que pode ser lido na íntegra AQUI.
Uma mulher simples, em uma favela pacificada do Rio, se aproximou de um repórter e lhe disse: "Este vai pegar fogona mujer simple, en una favela pacificada de Rio, se acercó a un reportero y le dijo: “Isto vai pegar fogo, senhor jornalista".
O repórter pensou que estava falando da favela.
A mu lher que vendia salgadinhos na rua para turistas estrangeiros, lhe explicou:
- “É que dizem que elegeram papa a um que ama os pobres de verdade".
- E isso não é bom, senh ora?”
“Claro que é, mas acho que se ele fizer será morto? ".
O jornalista tratoou de convence-la de que não.
- Olhe, senhor jornalista, meu sobrinho que vai à escola e sabe escrever e ler, já me explicou que assassinaram muitos papas.
O jornalista preferiu não insistir.
A mulher da favela não sabia ainda que o Papa havia dito aos jornalistas em Roma algo mais: que ele gostaria não só de uma igreja que se interesse pelos pobres, mas que sonha com uma igreja que ela mesma seja “pobre”.
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