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sexta-feira, 23 de julho de 2010
Opinião. O olhar de concidadania dos jornais
Não é novidade mas tem-se notado nos últimos tempos mudança, que eu diria positiva, na postura de alguns jornais em tratar certos fatos considerados simples. Esses órgãos estão abrindo mais espaço à divulgação de matérias relacionadas com a comunidade e o bem-estar social das cidades. Assuntos que, geralmente, seriam tratados com um simples registro ganham 'status' e chegam a manchete principal.
Com que frequência se vê jornais cobrando o espaço destinado aos pedestres e que é ocupado indevidamente. O alerta aos leitores sobre o lixo que emporcalha o centtro. A falta de atenção para a coleta seletiva. Atitudes de concidadania que ao mesmo tempo em que cobram posições das autoridades, ajudam a educar o cidadão.
Tenho notado isso com mais frequência no Jornal da Tarde de SP. O diário, pertencente ao grupo do Estadão, determina a maior parte de suas manchetes de primeira página aos relatos comunitários. Aqui em Fortaleza, O Povo utiliza essa linha editorial de trabalho há algum tempo. Mais recentemente, o pessoal da redação da Aguanambi tem procurado ampliar o olhar nesse tipo de pauta que, geralmente, ocupa um espaço nas folhas internas.
Na contramão desse avanço social, alguns outros órgãos como o Jornal do Brasil - ameaçado de encerrar sua edição impressa em setembro - passaram a dedicar atenção a fatos mais bizarros, curiosos - como se procurasse sustentar o seu público leitor a partir desses elementos que deram certo em tablóides ingleses. Sensacionalistas, diga-se de passagem.
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