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quinta-feira, 11 de março de 2010

Registro. A morte da radialista Olga de Biasi


Com vontade de ouvir uma música de Glenn Miller, Olga de Biasi pegou o telefone, em 1948, e ligou para a rádio. Do outro lado da linha, surpresa: quem lhe atendeu foi o próprio apresentador do programa, Estevam Sangirardi. Conheceram-se assim e, em meados dos anos 50, decidiram viver juntos. Era o segundo casamento de Olga.

Estevam notabilizou-se nos anos 70 e 80 por fazer um programa esportivo com humor, após as transmissões de futebol. Era o "Show de Rádio", que ia ao ar pela Jovem Pan.

Sua vida resultou, inclusive, no livro "Um Show de Rádio", de Carlos Coraúcci. Olga, por sua vez, também teve sua passagem pelo rádio.
De 1967 a 1982, como conta o filho do primeiro casamento, o cardiologista Carlos Alberto Pastore, ela trabalhou na Jovem Pan, no programa "Show da Manhã".

Por anos, dedicou-se ainda a ajudar pessoas carentes. Ao perder uma filha criança, que teve com Estevam, decidiu buscar apoio no espiritismo.
Em 1973, criou o Lar Mãe Mariana, em Poá (SP), que hoje atende 44 idosos. Também trabalhou na fundação de um hospital para excepcionais em Itaquaquecetuba (SP), transferido para a prefeitura da cidade devido às dificuldades em mantê-lo.

De princípios rígidos, esteve ativa até recentemente. No fim do ano passado, passou a sofrer com problemas renais. Anteontem, morreu aos 86, devido a um AVC (acidente vascular cerebral). Deixa filho e duas netas.

[ Informação da Folha ]

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