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quarta-feira, 10 de março de 2010
Teatro. A paixão em tempos de consumo
Foi-se o tempo em que para contar o drama da paixão de Cristo, bastava texto, elenco, direção, cenários e figurinos. A política cultural e a presença do público, pagavam os custos da produção. Nesses tempos de consumismo, a coisa mudou.
Hoje, montar um espetáculo assim requer uma série de parcerias comerciais que vão desde lojas de comestíveis até uma funerária. Que o diga a montagem de a "Paixão" que estreia de 1º a 4 de abril vindouro, no José de Alencar.
Leio no blog do Eliomar que para colocar Cristo no palco da "Paixão", foi arregimentado patrocínio de uma réca de gente.
Olha só a lista: Esplanada, Betel Tur, Alkadan, Dragão dos Parafusos, Ethernus, Plasa, Programa Antônio Viana, Exelent, Hotel Porto Futuro e o apoio de VSM Comunicação, Comunidade Shalom, Mercadão dos Móveis, Viva Música Viva, Escola de Artes Shalom, Comunidade Recado, Pólen, Pra Aves, Academia Teresa Passos, Cruz de Ouro, Pizzaiolo, World Modas, Divina Gula e Theatro José de Alencar.
Pelo andar da carruagem, não tarda termos versões com personagens surgindo no palco envergando nas vestimentas logos de empresas comerciais.
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