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domingo, 28 de fevereiro de 2010
Opinião. A tsunami de câmeras e microfones
A mídia vive de fatos. Alguns chegam a ser abordados de forma extenuante. O do casal paulista que teria lançado a criança do apartamento é exemplo concreto. Nos canais que trabalham especificamente com notícias, essa é uma questão recorrente. Um fato chega a gerar material para um dia de conversa. Como o terremoto do Chile que põe o olhar da mídia voltado para o Pacífico.
Quem estiver acompanhando o noticiário da Fox, CNN, CNNenEspañol e até na GloboNews, verifica que o grosso da programação informativa deste domingo é sobre o fenômeno ocorrido no país latino-americano. Assim como no caso do Haiti há pouco mais de um mês, as emissoras voltadas para o telejornalismo aproveitam ao máximo para preencher sua grade programacional.
Todo mundo apressou-se em enviar correspondentes para a zona do Pacífico, principalmente no Havaí, diante da ameaça de uma tsunami. Passadas 24 horas do anúncio, o alerta vermelho foi desligado e o que se viu foi uma enchente de câmeras e microfones voltadas para o mar que continuou como o seu nome.
Em seu blog, o chargista J.R.Mora aproveitou para tirar um sarro do fato que, se tivesse ocorrido, seria capaz de transformar-se numa espécie de 'big brother' da vida real.
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2 comentários:
É impressionante mesmo como a mídia trata exaustivamente o mesmo assunto. Ontem escutei uma entrevista no Revista CBN, de um sismólogo dizendo que, apesar de mínima, o Brasil corre risco de terremotos também...
INCRIVEL! ESSE FOI UM GRANDE "FURO". O INTERESSANTE É PERCEBER COMO A MIDIA VIVE DA ESPETACULARIZAÇÃO DOS DRAMAS.DEVERÍAMOS ESTÁ TORCENDO PARA QUE NÃO OCORRESSE A TRAGÉDIA E NO FINAL PARECE QUE FICARAM TRISTES E FRUSTRADOS PORQUE NADA OCORREU.
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