Mas enquanto se vangloriam desses resultados, um coro de vozes se levanta e reclama que a abordagem militar não está dando resultados. Esquerdistas e grupos de direitos humanos criticam o papel central do Exército e da polícia paramilitar, desde que o presidente Felipe Calderón assumiu o cargo em 2006 e ordenou que 50.000 soldados fossem para as ruas combater as gangues de drogas.
A guerra aos traficantes, no entanto, acabou punindo até inocentes com execuções sumárias. E surgem críticas até dos membros do Partido Conservador da Ação Nacional, o partido do governo, junto às de lobbies empresariais regionais e da Igreja Católica Romana.
A maioria dos setores critica a violência implacável que é aplicada contra as gangues, que só tem piorado a insegurança, assim como milhares de traficantes presos que são extraditados para os EUA.
No total foram mais de 16.000 assassinatos que parecem estar relacionados ao tráfico de drogas desde que Calderón começou a repressão, sendo o mês de janeiro passado o mais sangrento.
Céticos dizem agora que os soldados estão inflamando ainda mais as gangues com os assassinatos em vez de diminuí-las. "Segurança não é diretamente ou principalmente relacionado com a capacidade de usar a força, o número de policiais, o grau de militarização ou a aquisição de armas", disse o representante da Conferência dos bispos mexicanos.
"Com o passar do tempo, a participação das Forças Armadas na luta contra o crime organizado provocou foi ainda maior insegurança na população", diz uma outra importante fonte na matéria da Time.
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