Meu querido Airton Monte, médico, cronista, poeta, boêmio, humano, etc e eteceters mais, escreve hoje uma crônica para ele próprio. Uma conversa solitária, como quando a gente se sente integral e pleno, que coloca à mente à disposição de si mesmo e remexe no fundo de si, o sumo de sua própria essência. Vale a pena ir lá na página de O Povo e se magnificar com "Crônica para Airton Monte". Um trecho:
Pensa que é só você que ouve um piano solitário dentro do mar? Sabe aquela hora infinitamente deserta e amara em que você se apaixona por alguém que você nem conhece o nome?
Vem uma vontade de comer pipocas, de beber caldo de cana, de ir ao zoológico cantar canções francesas e tudo isso e mais aquilo como fazer um poema e descortinar da sua janela a imensidão do mundo e pensar que ele é pequeno para o seu desejo e a culpa nem é sua se o mundo sempre foi menor que seu menor poema e esse tal de amor espalhado pela cidade como uma doença contagiosa e você não precisa disso tudo nunca mais. E aí você descobre a origem original da sua dor e reveste a lama do sofrimento com o aveludado das palavras.
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