Censura. A voz silenciada dos servidores

Eu tenho mais de 40 anos de atividade profissional no meio de rádio, tv e jornal. Passei pela época da ditadura de 64, onde líamos noticiário no rádio sob o olhar e a revisão da Censura. Só podíamos dizer 'aquilo' que era do interesse dos militares. Depois, o País se livrou dessa miséria. Passamos a respirar mais aliviados. Hoje, contudo, registra-se alguns pontos de restrição à liberdade de expressão.

Dou como exemplo, o caso funcionários das áreas de Educação e da Saude do município que não podem falar com a imprensa sobre os problemas enfrentados por eles para o bom desempenho de suas atividades. Todo jornalista sabe que ninguém tem acesso ao interior do IJF. E na área educacional, idem.

O colégio Herondina Lima Cavalcante, na Vila Velha - considerado modelo pelos critérios da administração Luiziane -, está há uma semana sem aulas. Tudo por conta de um problema de queda de energia. É preciso a compra de um transformador. O pedido já tem mais de um ano.

Mais de 2 mil alunos estão sem aulas e - atentem! - professores não podem falar sobre isso, sob risco de sofrerem retaliações.