Uma realidade de quem grava comerciais para o rádio e a TV. O cliente lhe quer como garoto-propaganda, a agência acha que você cobra caro e diz na cara do profissional que tem locutor que grava o mesmo texto por 10 reais.
Achei conveniente trazer essa discussão para o GENTE DE MÍDIA, lembrando que o texto é do Gabriel Passajou, a quem parabenizo pelo excelente blog.
"Sempre existiu uma polêmica em relação ao locutor que grava por um valor “exageradamente acessível”, ou seja, 5 ou 10 reais por uma locução de 30 segundos. Segundo vários profissionais, esse preço provoca uma queda geral nos valores de toda a categoria. Outra reclamação é que não existe nenhuma triagem de quem tem ou não condições e capacidade para exercer o métier, ou seja, existem milhares de “pára-quedistas” falando errado, gravando mal e se dizendo locutores, distorcendo a imagem do que é o verdadeiro profissional.Para ler o texto na íntegra clique AQUI.
Argumentos fortes, e devo dizer que concordo com eles. Imagino algum cliente, ao telefone, dizendo “Seu preço é muito caro, eu já consegui o mesmo serviço por 10 reais”. Sim, atire o primeiro headphone quem nunca passou por situação semelhante. Mas uma coisa é a teoria ou o que gostaríamos que acontecesse, e outra é a prática, também conhecida como “realidade nua e crua”.
E POR FALAR NISSO
Infelizmente esta é uma realidade existente aqui no Brasil.E em relação ao Ceará, se não bastasse esta concorrência desleal, nós profissionais radialistas, ainda temos que sobreviver com um triste salário do sindicato. A nossa categoria nunca foi bem vista com bons olhos.Lamento até em dizer que infelizmente aqui em Limoeiro eu gravo offs de R$ 20,00. É isso mesmo, e olha que no meu caso eu uso equipamentos de linha que gera uma ótima qualidade, mas infelizmente temos pessoas aqui que gravam até de R$ 10,00. O bom seria é se a categoria se juntasse, e formasse uma associação, para justamente discutir essas situações.
Renato Guimarães"
6 comentários:
Infelizmente esta é uma realidade existente aqui no Brasil.E em relação ao Ceará, se não bastasse esta concorrência desleal, nós profissionais radialistas, ainda temos que sobreviver com um triste salário do sindicato. A nossa categoria nunca foi bem vista com bons olhos.Lamento até em dizer que infelizmente aqui em Limoeiro eu gravo offs de R$ 20,00. É isso mesmo, e olha que no meu caso eu uso equipamentos de linha que gera uma ótima qualidade, mas infelizmente temos pessoas aqui que gravam até de R$ 10,00. O bom seria é se a categoria se juntasse, e formasse uma associação, para justamente discutir essas situações.
O trabalho do Renato Guimarães,que eu conheço bem,é de ótima qualidade.E,é no interior,onde existem anunciantes que pagam R$ 50,00 mensais,pela veiculação de sua publicidade nas emissoras de rádio locais e,na maioria das vezes,ainda acham que estão fazendo um favor ao radialista.Mas,existem também,os locutores que gravam em troca de uma cerveja ou de um quilo de carne,ou mesmo do frango,nos finais-de-semana.O grande problema,não só de salários,como dos baixos cachês,também é culpa do próprio profissional,que não se valoriza,apelando para a necessidade de faturar,para,inclusive,prejudicar o próprio colega.Costumo dizer que,na maioria das vezes,radialista só se une em torno de uma rodada de cerveja,para falar mal dos próprios colegas.Quanto aos baixos salários,que o Renato coloca,existe um Sindicato,cujo Presidente lá está há décadas,comandado pelos patrões,ele mesmo,sendo dono de emissora de rádio.Sua eleição ou reeleição,sempre se dá,a partir de um grupo de comunicação,que impõe aos funcionários,veladamente,a obrigatoriedade de votar no mesmo.Quando os radialistas se unirem,de verdade,deixando de pensar em seus próprios umbigos,e os paraquedistas,surgidos dos "cursos" patrocinados pelo mesmo Sindicato,se conscientizarem da necessidade de mudanças,haverá ais respeito para com a categoria.A partir dos muitos dos novos profissionais de televisão,que nunca passaram por um estúdio de rádio,que torcem o nariz para o radialista,como se fosse uma categoria menor.Para um bom começo,limitando-se a participação de jornalistas,que não são radialistas,em emissoras e rádio,uma vez que,aquele que é somente radialista,jamais irá sentar-se em uma redação de jornal,exercendo a função para a qual não está credenciado.Tem muito mais a ser dito,mas vou ficando por aqui.
Um abraço, Nonato. Obrigado!
Essa é a diferença entre profissionais e amadores. E no Ceará isso se estende a várias categorias artísticas! Pior do que miséria financeira, é a miséria intelectual!Beijos Nonato!Te amooooooooooooooo!
É verdade,Thylba.
Não tinha o conhecimento disso mas achei muita falta de respeito com os devidos profissionais da área.
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