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quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Uma edição pirata de jornal circula nas bancas
Já imaginou você ir à uma banca comprar o seu jornal preferido e se deparar com uma edição falsa? Pois foi isso que aconteceu ontem em Nova York e Los Angeles com o New York Times.
Edição falsa do jornal com a manchete «Acabou a guerra no Iraque» chegou, esta quarta-feira, as bancas de Nova Iorque e Los Angeles. As mais de 1 milhão de cópias do jornal foram distribuídas por um grupo de associações contra a guerra e a favor dos direitos humanos.
Na primeira página do falso jornal podia ainda ler-se a criação de um novo modelo de «economia saudável» e ainda um processo judicial contra George W. Bush por alta traição. No entanto, num olhar mais atento ao jornal era possível verificar que a data da publicação é de 4 de Julho de 2009 (dia da Independência) e que o lema habitual do jornal, «Todas as notícias que merecem ser impressas», foi substituído por «Todas as notícias que desejamos imprimir».
Segundo a Reuters o conteúdo do jornal foi bem produzido, tem 14 páginas, e será alegadamente obra de um grupo chamado Yes Men. O diário pirata imita na perfeição a tipografia do periódico. A publicidade imita anúncios verdadeiros, mas com textos alterados. «É falso e estamos a investigar», garantiu Catherine Mathis, porta-voz do The New York Times.
Uma nota distribuída num site criado para a edição falsa (www.nytimes-se.com) diz que o jornal levou seis meses a ser produzido e a impressão aconteceu em seis gráficas. A distribuição ficou a cargo de milhares de voluntários. Horas depois da distribuição um exemplar da publicação já custava, na internet, cerca de 300 dólares.
O grupo suspeito não é, no entanto, o primeiro a falsificar o jornal. Segundo o blog «City Room», ligado ao próprio jornal, o caso mais famoso ocorreu durante uma greve de jornalistas em 1978.
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