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domingo, 12 de outubro de 2008

Pequenas Histórias da Cidade Que eu Ando - II


Como sempre faz, o setor de comunicação do Hospital São José encarregou uma de suas assistentes sociais o trabalho de transmitir à família de certo paciente, a notícia de sua morte. Acostumada a esse tipo de coisa, ela certamente daria conta do recado.

Ligou para família na certeza de que, ao transmitir a informação, ouviria a repetição de cenas comuns em momentos difíceis como esse, quando então colocaria em ação o seu esforço de consolar as pessoas. Mas naquele dia e aquele telefonema seriam bem diferentes.
- Alô, por favor, é da residência de fulano de tal?
- É sim!
- A senhora é...
- ... irmã dele!
- Pois é. Eu sou assistente social aqui do hospital e queria lhe dar uma informação.
- Pois não, do que se trata?
- Bem, nós queremos lhe informar que o seu irmão... foi a óbito.
E, quando esperava exclamações comuns de espanto e desespero, a assistente social ouviria do outro lado da linha algo totalmente inesperado.
- Você está querendo me dizer que ele foi a... óbito?!!!
- Sim, é isso!
- Ah é? E a senhora sabe dizer quando é que ele volta?

Um comentário:

Marcos Vereza disse...

rs.rs.rs. Nonato, rapaz eu tenho uma bem parecida.
Quando esta mesma assistente Social falou que Sr. Joaquim tinha chegado a óbito, do outro lado perguntaram:
Ai é! E este "fila da P___ tinha ido com quem se ele saiu daqui quaz morto?!!!!
Parabéns meu irmão!
Grande abraço.