As vozes nota dez do rádio e da televisão

Acho que por trabalhar com voz, eu tenha aprimorado (um pouco) meu gosto pelo 'produto áudio' oferecido pela rádio e tv. E sei de (muitas) vozes magníficas que enriquecem o 'cast' de muitas emissoras. Na TV, a voz da jornalista Giovanna Teles, da Rede Globo, é a que mais se aproxima do padrão nacional.

É que a voz de Giovanna é clara. Distinguimos numa narrativa sua, cada sílaba expressada de forma convincente e segura. Sandra Anneberg é outra que tem voz no padrão que consideramos excelente. Bem diferente de outras vozes de profissionais do sudeste que carregam no sotaque, muito embora sejamos favoráveis a que esse detalhe se pontifique para marcar as vozes de cada uma das regiões.

Sotaque sim, excessos não. Há repórteres - como Francisco José, de Pernambuco -, que exageram trocando os "ss" pelos "xis", contrariando a média do falar brasileiro que é, necessariamente, composto pelos timbres de vozes sem afetação.

No Ceará - e a nossa Giovanna Teles marcou o início de sua carreira aqui, tanto nas redações de jornal (O Povo) e televisão (Verdes Mares) -, vozes marcantes, a gente encontra principalmente no rádio, como a da locutora Elisa Lima (que atuou em FMs de Fortaleza e hoje está brilhando em SP) e a voz da apresentadora da Calypso FM, Nilza Lima.

O pessoal das agências de propaganda precisam descobrir o valor dessa gente e investir no potencial dessas vozes femninas que eu considero nota dez.