Campanha prejudica programação do rádio

A propaganda eleitoral (dita) gratúita tem prejudicado sobremaneira a programação das emissoras de rádio. Afora a queda da audiência das emissoras - pois o público tem se afastado com a cansativa repetição de vozes disputando eleitores -, há que se registrar também a perda de qualidade de vários programas.

O horário do Paulo Oliveira, na Verdes Mares AM, está virando quase um vitrolão, entre a leitura dos signos e resumo de novelas (nem sempre atraentes ao público de melhor formação).

No horário de maior audiência, que é o dos comentários do jornalista Tom Barros, o apresentador tem preenchido a ausência com músicas, quando se sabe que, essa, é a hora da emissora em que mais o público se fixa, por conta de uma análise crítica mais contundente.

Outras emissoras também convivem com esse problema. A grade programacional da AM DO POVO, por exemplo, acabou perdendo meia hora para a programação da rede CBN.

Com isso, o horário do "Rádio Serviço" ficou mais reduzido, enquanto o programa do Narcélio Limaverde, à tarde, sofreu alteração.

E saber que a programação eleitoral dos partidos no rádio não oferecerá nenhuma alteração até o final da campanha - apenas as mesmas gravações desde o primeiro dia - isso pode levar até o ouvinte a desligar o rádio de uma vez.