"Algumas emissoras de rádio de Fortaleza, alegando a lei eleitoral, estão cassando o direito de participação do ouvinte nas programações, o que configura uma atitude de total desrespeito e desconfiança para com a inteligência e o poder de discernimento daqueles que participam do rádio.
. Este processo também evidencia a falta de estrutura das rádios, que não tem sequer telefonistas para alertar os que se achegam ao rádio para emitir suas opiniões. Achamos que tal medida é injusta, pois cassa a participação do ouvinte das programações e transforma os programas em estradas de uma única via e os programas em monólogos cansativos e completamente deslocados dos anseios da sociedade.
. É preciso também que o TRE esclareça a sociedade e os usuários do rádio de seu papel neste momento dando a todos as diretrizes de uso deste meio. Acreditamos que é correto que esse órgão discipline o uso do rádio neste momento, porém achamos que há muito rigor no trato da situação, pois a medida favorece aos que estão no poder e que não serão questionados por sua política em desacordo com os anseios populares.
. É preciso que haja um processo de esclarecimento do povo em relação ao seu papel no rádio e que a solução para o problema não seja de uma única via.
. O rádio sem ouvintes é um corpo sem alma, pois temos pessoas que sabem o que dizer e que podem fazer da programação um processo de engrandecimento de conhecimento e construção de valores que envolvem o debate sério e firme sobre os problemas da sociedade.
. É importante que o TRE continue coibindo a corrupção eleitoral e o uso da máquina para angariação de votos, porém é preciso também dar ao povo a oportunidade de falar, discutir seus problemas e dizer o que sente.
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