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terça-feira, 8 de outubro de 2019

JORNAIS. Os políticos na visão do impresso na República


O comportamento dos jornais do passado foi matéria de estudo da historiadora Ana Carla Sabino Fernandes, ao prestar mestrado no Curso de História da UFC. Nele, ela revela como os periódicos criticavam a classe política da época, como bem demonstra a edição de O Colossal, na coluna Variedade, de 15/06/1879. 

"Os tipógrafos entenderam que a realização/impressão de uma obra política e jornalística, pela junção desses elementos, é tarefa complexa, passível de dúvida, e que ficar atento à finalidade das normas gramaticais (ortografia, pontuação, sintaxe e morfologia), tão apreciadas pelos jornalistas liberais e conservadores, era um caminho promissor para a boa composição e redação não só dos textos, mas, também do diálogo pedagógico, acerca dos “objetos diretos e indiretos” dos deputados cearenses, com a grande camada da população de iletrados, “substantivos abstratos”: 

“ Grammatica Politica 

- O deputado que entra na Camara por depuração de outro é um ‘pronome’. 
- A prorrogação de uma sessão parlamentar é feita por ‘poragoge’. 
- Um senador velho e catharrento que não falla é um ‘archaismo’. 
- O deputado, cujas opiniões políticas não estão defendidas é um ‘ponto de interrogação’. 
- O deputado empregado publico que faz opposição ao governo, é um ‘ponto de admiração’. 
- A circular, é o ‘genero’ do deputado. 
- Os cacetes e as navalhas, são os ‘pontos e virgulas’ do periodo eleitoral. 
- O deputado que não falla é um ‘verbo defectivo’. 
- Estudar a ‘etymologia’ de um governo, é contar o numero de favores que elle tem feito. 
- O official de gabinete de um ministro, é um ‘verbo’ auxilar. 
- O votante primario, é um ‘substantivo neutro’. 
- A ‘oração’ politica, compõe-se de tres elementos, deputados, discurso e copo d’agua. 
- Os apartes são os ‘relativos’ do discurso. 
- O thesouro é o verbo substantivo de um paiz

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