A citação (infeliz) do colunista Lúcio Brasileiro, na edição de 14 de dezembro passado em O Povo, fazendo apologia ao nazismo, recarregou as baterias de indignação de leitores - inclusive de judeus residentes no Ceará, vide Saulo Tavares - causando danos que já se esperavam. Segundo a ombudsman do jornal, muitos leitores questionaram "como o colunista e o jornal publicam uma defesa a um dos regimes mais sangrentos da história da humanidade".
A resposta dada pela ombudsman, neste domingo, merece a leitura de todos, para que se entenda o que prescreve o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros e a posição da profissional que responde pela ouvidoria do jornal cobrando o cumprimento da Carta de Princípios do próprio jornal
Apologia ao nazismoCom o título "Apanhado político", o colunista Lúcio Brasileiro assim escreveu a nota de sua coluna da sexta-feira 14 de dezembro de 2018: "Não será uma eleição nem várias eleições que poderão salvar o País (...). Talvez implantação do nacional-socialismo, que livrou a Alemanha do comunismo, nos anos 20 e 30". Nacional-socialismo é outro nome para o nazismo. Movimento fortemente caracterizado pelo seu caráter nacionalista, o regime nazista foi também amplamente conhecido por ser totalitário, antidemocrático e racista. A história mundial nos ensina isso.