domingo, 4 de agosto de 2013

JORNAIS. 'Sumiço' do Pavão levanta polêmica

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O Pessoal do Ceará está de volta. Pelo menos, na página principal do caderno Ilustrada, da Folha de SP. Neste domingo, ele abre espaço para discutir o 'sumiço' da  música de Ednardo, "Pavão Misteriozo"(sic) que abria a versão original da novela de Dias Gomes, "Saramandaia". O editor Rodrigo Levino chega a citar que ela marcou a chegada dos cearenses ao cenário musical brasileiro - muito embora saibamos que a carta de apresentação do Pessoal do Ceará foi em 1973, com o disco "Meu Corpo, Minha Embalagem, Tudo Gasto na Viagem". 

Canção ainda comove e faz falta na nova versão da novela
LUIZ FERNANDO VIANNAESPECIAL PARA A FOLHA
Para quem tem em torno de 40 anos, "Saramandaia" sem "Pavão Mysteriozo" é como Picasso sem tinta.
Da Dona Redonda podemos lembrar. Da canção de abertura da novela não conseguimos esquecer. Até hoje.
Ednardo lançou a música com uma estranha grafia que alegraria Glauber Rocha e Zé Celso, em 1974. Dois anos antes da novela que a transformou em fenômeno nacional.
O sucesso foi tanto que é até compreensível, embora injusto, ver Ednardo como autor de um só sucesso.
Quem viveu os anos 1970 pôde ouvi-lo cantando nas rádios e TVs "Enquanto Engomo a Calça", "Terral", "Artigo 26", "Vaila". Seus shows lotavam. Meninos, eu vi.
Mas algo naquelas canções perdeu força. A leveza de suas "histórias bem curtinhas fáceis de contar" parecem antigas vistas daqui, de um mundo que embruteceu.
As imagens de "Pavão", quase lisérgicas, eram uma mensagem contra a bruta década militar. Mas nem precisava. A canção continua comovente e faz uma tremenda falta na nova "Saramandaia".

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