terça-feira, 11 de novembro de 2008

Morre a confidente brasileira em Hollywood


Fã de cinema, a ponto de colecionar várias publicações da época e de assistir todos os filmes que passassem em Iguatu - ainda garoto, conseguia entrar mesmo nos filmes para maiores de 18 anos por não existir fiscalização do Juizado -, eu sempre lia a coluna de Dulce Damasceno de Brito, correspondente da revista "O Cruzeiro" em Hollywood. Ela faleceu anteontem em SP.

No obituário da Folha de hoje, Estevão Bertoni diz que a proximidade com artistas como Marlon Brando e Carmen Miranda rendeu exclusivas para a colunista.

Nascida em Casa Branca, a 229 km de São Paulo, começou a escrever cedo para uma revista de cinema, após ter enviado cartas ao editor. Era autodidata e até inglês conseguiu aprender sozinha.

Quando partiu para os EUA, o namorado ficou em SP. Em 1952, voltou ao Brasil, casou-se e retornou com o marido a Hollywood, onde morou por 15 anos. Era o marido quem fazia o papel de dona-de-casa. Teve dois filhos e um neto.

Atualmente, vivia numa casa de repouso e mantinha uma coluna na revista "Set", que ela ditava e um amigo escrevia -tinha Parkinson. Seu texto deste mês, sobre a morte de Paul Newman, começa assim: "Os deuses de Hollywood estão sendo vencidos pela morte. É inevitável, mas triste".

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