quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Pesquisa revela o faturamento das emissoras
Está na Folha de SP de hoje: "As rádios faturaram R$ 1,673 bilhão ano passado, de acordo com pesquisa encomendada pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV) à FGV (Fundação Getulio Vargas). A principal fonte de receitas do setor foram anúncios -89,2% da renda obtida pelas empresas. O principal anunciante é o setor privado (comércio varejista, com 45% da receita publicitária na média nacional).
A dependência dos anúncios públicos de governos municipais e estaduais é maior no Nordeste e no Norte. O governo federal anuncia mais nas rádios do Sudeste.
O faturamento das rádios obtido com a pesquisa da FGV é mais do que duas vezes a estimativa anterior usada no setor (R$ 767,2 milhões), produzida pelo projeto Inter-Meios (uma associação do jornal especializado "Meio e Mensagem" com as empresas do setor).
De acordo com a Abert, a pesquisa do Inter-Meios levava em conta as 113 maiores rádios, enquanto o faturamento divulgado pela FGV foi obtido por meio da extrapolação de dados de uma pesquisa que ouviu 917 rádios.
O peso do setor público na receita das rádios varia de acordo com o tipo de governo (municipal, estadual ou federal) e com a região do país.
Os anúncios veiculados por prefeituras, por exemplo, são responsáveis por 6,2% da verba publicitária em nível nacional, mas na região Nordeste representam 10,2%.
Os governos estaduais bancam 6,7% da publicidade na média nacional, mas no Nordeste a participação deles sobe para 18,2%.
Já o governo federal responde por 4,9% da verba publicitária na média nacional, mas no Sudeste esse percentual chega a 6,7%, enquanto que no Norte cai para 2,3% e no Nordeste, para 3,2%.
Nas rádios AM, os programas de variedades ocupam a maior parte da programação, 24,2% do tempo durante a semana. Em segundo lugar, vem a execução de músicas nacionais (21,1%), seguida por jornalismo (17,5%).
O perfil da programação muda um pouco nas rádios FM. A execução de músicas nacionais lidera o tempo de programação, com 37,5%, seguido pelos programas de variedades, com 20,3%, e pela música estrangeira, com 17,8%."
UM DOS MOTIVOS PARA O MAIOR INVESTIMENTO DO GOVERNO FEDERAL NA PUBLICIDADE EM RÁDIO,DEVE-SE AO FATO DE AS EMISSORAS DO RIO E SÃO PAULO SEREM GERADORAS DE REDES NACIONAIS,QUE PROLIFERAM MAIS NO NORTE E NORDESTE DO QUE EM OUTRAS REGIÕES,PROVOCANDO DESEMPREGO E DESCARACTERIZAÇÃO DA RADIOFONIA REGIONAL.
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