sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

DISCOS. O mercado musical atravessa hoje a sua pior crise

Cada vez menos as pessoas compram discos, li num texto do blogueiro Marcel Bittencourt. E é verdade. Esse mercado anda sumindo. Há menos lojas especializadas em vender discos.  

"Em 2000m, quando já existia o MP3 e a pirataria (principais algozes do mercado fonográfico) as vendas de CDs no Brasil ultrapassaram os 94 milhôes de cópias totalizando 890 milhões de reais. Em 2011, a cifra fechou em 196 milhões de reais por minguados 18 milhões de CDs", cita Bittencourt. 


1 – O mercado como conhecemos está morrendo.

Sim, ele está agonizando. Há quem defenda que já morreu, está morto e enterrado, mas, como vimos, ainda movimenta milhões de reais. Apesar disso, existe a cultura, defendida por muitos, de que a música deve ser gratuita e por conta disso muitos baixam gratuitamente discografias inteiras ou novos álbuns antes mesmo de seu lançamento oficial.

Resultado: as empresas encolheram, muitas fecharam ou se fundiram, menos gente trabalha apenas com a música para sobreviver e todo aquele texto que quem trabalha na área já recitou diversas vezes em tom de aborrecimento. O músico, que já ganhava um valor simbólico no velho modelo, agora conquista cada vez mais o status de mendigo da música.

2 – É preciso repensar a música dentro de um novo formato, onde as vendas de material oficial não configurem fonte de renda, já que configuram cada vez menos.

É evidente que é lamentável que ocorra esse encolhimento, pois vários músicos, produtores, técnicos, gravadoras, selos e profissionais de música em geral acabam por deixar esse mercado ou apenas sobreviver dele. No entanto, a mudança aconteceu e é necessário lidar com ela. O que pode parecer conformismo ou um pensamento derrotista na verdade é apenas uma interpretação dos dados citados. Não há, hoje, nenhum motivo para acreditar que o traço descendente que virou o grafico da industria fonográfica vá, de maneira mágica, se converter em uma curva exponencial.

Portanto, é hora de parar com a lamentação e pensar, pensar, pensar muito e inovar. Porque do jeito que foi, não será novamente e do jeito que está, descendo a ladeira, também não dá. A reformulação é a única forma de realmente valorizar nossa música, nossa arte, nossos profissionais e nossa cultura."

 (Marcel Bittencourt)


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